Aero Magazine - Edição 304 (2019-09)

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MAGAZINE 304 | (^43)
na H145, em sua versão intermediária,
voltada para o cliente VIP.
Ainda dentro do mercado de
helicópteros, a Leonardo marcou
presença na feira, a exemplo do que
fez no ano passado, com seu biturbina
médio AW169. “No primeiro semes-
tre, já anunciamos cinco vendas no
Brasil e temos entregas agendadas até
2021”, conta Daniel Cagnacci, gerente
Comercial e de Desenvolvimento de
Negócios da Leonardo, admitindo
estar confiante no reaquecimento do
mercado. “Embora o AW169 seja uma
aeronave da mesma categoria do H145,
existem duas grandes diferenças: este
é um helicóptero novo, com design e
tecnologia novos, e não um helicóptero
que tenha sido desenvolvido baseado
em outros projetos antigos. Além disso,
oferecemos mil quilos a mais no peso
máximo e decolagem”, explica.
A Leonardo espera pelo surgimento
de uma nova demanda no transporte
aeromédico para o AW169, aproveitando
a mudança de legislação, que permitirá
que empresas privadas realizarem o res-
gate aeromédico em rodovias públicas.
Frente a frente, na área externa cober-
ta, dedicada a aeronaves de pequeno
porte e de asas rotativas, estavam, de
um lado, a tradicional Helibras, filial
da Airbus Corporate Helicopters, e,
de outro, a Kopter, startup suíça que
está chegando ao mercado brasileiro
com seu SH09, que, segundo Christian
Gras, vice-presidente executivo da
marca, espera disputar mercado com o
onipresente Esquilo.
“A Kopter é uma empresa nova,
com um helicóptero novo. Estamos
nos aproximando da entrada no
mercado, com a certificação no ano
que vem”, explica o executivo, que tem
como representante no Brasil a Gualter
Helicopters. “Inicialmente, focamos
mais no mercado europeu, onde nas-
cemos, e no mercado americano, que
concentra 50% das vendas mundiais.
Mas, logo em seguida, vem o Brasil”.
Segundo Gras, já existem conversas
com investidores brasileiros para a aber-
tura de uma fábrica em território nacio-
nal. “Até o final de 2019, teremos uma
decisão de onde e com quem estaremos
produzindo helicópteros no Brasil”,
anuncia. Apontando para o estande da
Helibras, logo em frente, Gras resume os
diferenciais da sua aeronave. “O SH09
tem o preço do Esquilo e a capacidade
operacional do H145”, afirma.
Para Pedro Souza, gerente de Vendas
da Helibras, é preciso ir devagar com
o andor. Segundo ele, o surgimento de
competição significa que o mercado
está aquecendo, porém, abrir uma nova
fábrica no Brasil não é uma coisa tão
simples. “Concorrência amadurece o
mercado de uma maneira geral. É bom
para o cliente, é bom para quem já está
atuando e pode evoluir seus produtos,
é bom para quem está entrando e pode
ganhar aprendizado, mas não podemos
esquecer que existe uma vantagem de 41
anos de experiência, oferecendo suporte
e excelência, separando a Helibras de
todas as outras. Temos um produto
maduro e o cliente sabe disso”, diz.
A Helibras, que durante a Labace
vendeu seis aeronaves para o segmento
civil, levou para a feira a última versão
do H125 (Esquilo), que agora conta com
navegação por touchscreen, e o biturbi-
ASAS ROTATIVAS
Bell, Airbus, Leonardo e Kopter
vice-presidente
executivo
da Kopter
ChristianGras,
g
devendasdaHelibras
Pedro Souza,gerente

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