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onsiderada até hoje
a maior missão de
desembarque por
mar da História, a
Operação Netuno
revelou-se decisiva para a derrota
dos nazistas na Segunda Guerra.
Mais conhecida como Dia D, a
mobilização precedeu a famosa
Batalha da Normandia, quando
tropas aliadas, coordenadas pelos
Estados Unidos, iniciaram a reto-
mada dos territórios europeus da
ocupação alemã.
Enquanto centenas de embar-
cações se aproximavam da costa
francesa, a Operação Overlord
iniciava o suporte aéreo, com o
lançamento de paraquedistas na
noite que antecederia o desembar-
que e maciços bombardeios aéreos
e navais. Naquela data, mais de
1.200 aeronaves, entre Douglas
C-47 e Waco CG-4, iniciaram
a mais arriscada e importante
operação militar do maior conflito
armado do século 20.
Apenas no primeiro dia, os
Douglas C-47 lançaram mais de
13 mil paraquedistas. Sob tempo
ruim, muitos aviões não puderam
manter uma formação padrão,
voando distantes uns dos outros.
Alguns cruzavam tão baixo que
estavam fora do alcance da artilha-
ria antiaérea, que mirava alvos
mais altos. Nesse cenário, centenas
de soldados morreram por não
acionar os paraquedas a tempo e
outros milhares foram lançados
distantes do ponto exato.
Em 6 de junho de 2019,
exatos 75 anos depois da heroica
operação, um grupo de entusias-
tas, incluindo pilotos, mecânicos
e mesmo veteranos que estiveram
em ação no Dia D, celebraram a
vitória dos Aliados em uma sur-
preendente viagem. Mesmo con-
tando com números evidentemen-te inferiores aos de 1944, o D-Day
Squadron honrou aqueles que esti-
veram envolvidos no dia Dia D. A
própria preparação para a missão,
que tinha como objetivo saudar
e comemorar a vitória sobre os
nazistas, é digna de uma operação
militar complexa. Mostramos aqui
os bastidores dessa ação.TRAVESSIA ATLÂNTICA
O primeiro passo foi reunir
nada menos que quinze aviões
clássicos, entre DC-3 e C-47,
procurando proprietários, muitas
vezes associações, dispostos a
realizar uma complexa travessia
no Atlântico Norte. Ainda que
em 2019 seja muito mais seguro