Aero Magazine - Edição 304 (2019-09)

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CASTLE AIR MUSEUM
A Califórnia reúne nada menos que 34
museus de aviação, o maior número em todo os
Estados Unidos. Visitar todos exige um planeja-
mento considerável, mas se não puder conhecer
todos, priorize o Castle Air Museum. Ele está
localizado em Atwater, no norte do estado, em
uma antiga base do Strategic Air Command.
A coleção está entre as mais completas do
país, contando com um SR-71 logo na entra-
da. Se não for o suficiente, o museu possui os
únicos Avro Vulcan B. Mk.2 e Avro-Canada
CF-100 Mk. V Canuck expostos nos Estados
Unidos. Entre as demais raridades estão Boeing
WB-50 Superfortress, Convair RB-36H Peace-
maker, B-58 Hustler, North American B-45A
Tornado, MiG-21, SAAB J35 Draken, North
American RA-5C Vigilante, entre outros. Um
destaque é a primeira bomba H da história, a
MK.17, que está ao lado do RB-36H, dando
uma boa noção de seu porte descomunal.
SERVIÇO
Por não ser uma cidade muito popular entre turistas
brasileiros, é bom saber o endereço: 5050 Santa Fe
Drive, Atwater, CA 95301. O ingresso individual custa
US$ 17 e por mais US$ 10 é possível visitar o interior
do VC-9. O custo adicional é uma forma de aumentar a
renda do museu que exige um volumoso investimento na
preservação do acervo.

FANTASY OF FLIGHT
Está enganado quem pensa
que a região de Orlando, na
Flórida, resume-se a compras e
parques temáticos. A menos de
uma hora de carro, em direção a
Tampa, está um lugarejo chamado
Polk City. O local foi escolhido
pelo entusiasta da aviação, exímio
restaurador de aeronaves e piloto
de acrobacias Kermit Weeks para
reunir o seu acervo particular
que, desde 1985, fazia parte do
Weeks Air Museum, em Miami,
devastado pelo furacão Andrew,
sete anos depois. O Fantasy
of Flight abriu suas portas em
1995, iniciando outro capítulo
na carreira de Weeks dedicado a
promover a aviação. Os hangares
da “Era de Ouro da Aviação”
exibem uma das maiores coleções
de aeronaves clássicas do mundo,
representando eras românticas e
emocionantes desde o primeiro
voo até o início da era do jato, nos
anos 1950.
O que diferencia Fantasy of
Flight de outros acervos é que
Kermit não coleciona nada que
ele não pretenda voar. A maioria
dos aviões de exibição foi total-
mente restaurada para a aerona-
vegabilidade. “Todos podem se
relacionar com o céu e alcançar as
estrelas – filosofa Kermit – assim
como voar em nossa imaginação
e voar em nossos sonhos! O que


pode estar além da minha pers-
pectiva atual da realidade e quais
limitações estão me impedindo
de subir ainda mais?”, finaliza o
proprietário e curador do Fantasy
of Flight.
Uma das estrelas do acervo é a
réplica do Herring-Curtiss Pusher
de 1909, chamado de “empurra-
dor” porque o motor e a hélice são
colocados atrás do piloto. Outra
inovação do Curtiss é que, na
época da produção da aeronave
original, a Wright Brothers deti-
nha a patente do então conhecido
método de controle lateral conhe-
cido como wing-warping. Como
a patente o proibiu de usar esse
método, o engenheiro aeronáu-
tico Curtiss foi para a prancheta
e desenvolveu uma superfície
primária de comando até hoje
utilizada, o aileron, provando ser
um método muito superior de
controle de rolagem em voo, revo-
lucionando a construção de todos
os aviões que se seguiram.

SERVIÇO
Um dos únicos problemas deste
museu é a irregularidade no seu
funcionamento. Para visitá-lo, é
imprescindível consultar a página oficial
do Fantasy of Flight na internet. O
ingresso médio custa 12 dólares e voos
panorâmicos podem ser negociados no
local, com valores dependendo do tipo
da aeronave e da duração do voo.
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