Claudia - Edição 696 (2019-09)

(Antfer) #1

Cultura


Cinebiografia retrata,
com humor e drama na
dose certa, parte da vida
de uma das estrelas mais
queridas do Brasil. Aqui,
Andréa Beltrão conta
como foi a experiência
de interpretar a força, a
simpatia e a fragilidade
da rainha da TV nacional

NO SOFÁ DA


as canções no rá-
dio ao posto de
maior apresenta-
dora da televisão
brasileira, os obs-
táculos na traje-
tória de Hebe Camargo não foram
poucos. Mas, entre a mira dos cen-
sores da ditadura e os problemas
na vida pessoal, a paulista nascida
em Taubaté soube, com muito jogo
de cintura e pulso firme, ascender
de forma extraordinária em um
campo controlado majoritaria-
mente por homens. Interpretá-la,
portanto, não poderia deixar de ser
também um desafio.
“Eu vi muita coisa no YouTube,
muitas cenas, entrevistas, progra-

D


HEBE


Foto

Andréa, divulgação; Hebe, Paulo Salomão

mas. Então me debrucei bastante
sobre esse material. Estudei o so-
taque paulista, fiz preparação cor-
poral, canto. Aprendi as músicas
dela”, conta Andréa Beltrão em en-
trevista exclusiva a CLAUDIA.
O esforço rendeu excelentes fru-
tos, e é impossível ignorar as simi-
laridades entre a Hebe da telona e
a que marcou presença por mais de
seis décadas nas telinhas. A atriz su-
pera a falta de semelhança física com
muito talento, reproduzindo com
maestria os trejeitos, bordões e até
mesmo a entonação, marcas regis-
tradas da apresentadora.
Contudo, Hebe – A Estrela do
Brasil, com direção de Maurício
Farias e estreia prevista para 26 de
setembro, é bem mais que “graci-
nhas” e “selinhos”. O longa atraves-
sa a névoa do glamour e do carisma,
revelando facetas desconhecidas
por muitos. A própria Andréa con-
fessa que foi a primeira vez que
entrou em contato com esse outro
lado da artista. “Conheci um pouco

COLABOROU GABRIELA TEIXEIRA


16 claudia.com.br setembro 2019

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