VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA Nº 22

(MARINA MARINO) #1
Crônica da Adriana Santiago

O que o poder público e a
imprensafazemcomoRiodeJaneiroé
abominável.Opoderpúblicoporquenão
cuida devidamente do que deveria
cuidar,cumprindoseupapeldeEstado,
investindo em preservação e proteção
do patrimônio histórico e cultural da
cidade,queériquíssimo.Nãocuidanem
mesmo da população em suas
necessidadesbásicas.


A imprensa, inexplicavelmente,
pela verdadeira desinformação e
fomentodomedo,incutindoverdadeiro
pavor na população brasileiraà cidade
do Rio de Janeiro. Mostram apenas
situaçõesdeviolênciacomoseacidade
seresumisseaisso.Umtotaldes-serviço
prestadoàpopulaçãodoRio–quevive,
dentreoutrascoisas,doturismo–e,em
especial,àpopulaçãobrasileiraque,por
tamanho medo e pavor da cidade
maravilhosapassaavidainteirasemter
oprazer,aalegriaeadádivadeusufruir
de tamanho espetáculo, de conhecer
esse lugarmaravilhoso, abençoado por
Deusebonitopornatureza,comodiza
canção.


A nossa sorte é que nada será
capazdedestruirtamanhabeleza(assim
acredito e rezo). Não poderia ser
diferenteemumacidadequetemcomo
essência,como“serfundante”anature-


za exuberante, a beleza natural das
matas,emplenaharmoniacomomare
asmontanhas.Umacidade queemerge
por entre as rochas e se mistura,
interagetodootempocomoverdedas
matas,deixandolivreefluidaanatureza
generosa. O rio não tem um espaço,
alguns ouvários espaços dedicados ao
verde,aos parques etc.O concretoe o
asfalto, a mata, o verde, nascem e
crescemjuntos,misturados,seintegram,
se completam, interagem e conversam
entresi.Enós,ficamosnomeiodetudo
isso,dessaconversatoda.Tudojuntoe
misturado: concreto, matas, asfalto,
pedras,árvores,gente,animais,mar...em
plenasintonia! E somos nósa ouvir, a
sentir,maisqueocantodospássaros,a
vozdeDeus.
Mediriamouperguntariamvocês:
Eaviolência?Ondeestá?Nãoaviu?Não
aencontrou?Eeurespondo:não,nãoa
vi.Elaexiste,ébem verdade,comoem
várias,senão todas asgrandescidades,
mas ela se escondeu, de vergonha.
Porquelánãoéolugardela.Aviolência
nãopertenceàquelelugar(nemalugar
nenhum deveria). Portanto, tome seu
rumo a quem é de tomar, aos que
bagunçamocoreto.
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