Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-15)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Política
domingo, 15 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Reforma trabalhista

demonstrar que, em nome da democracia, adversários
podem se unir.


No entanto, atarefa de Alckmin de expandir o arco de
apoiadores de Lula não será simples, admitem petistas,
levando em consideração que partidos de centro
resistem a uma aliança formal já no grimpeiro turno.


Embora maior do que nas eleições presidenciais
de2018, a coligação do PT reúne sete partidos da
centro-esquerda -sem conseguir avançar mais à direita.


O clima entre petistas é de conformismo com a hipótese
de que apenas alas ou representantes isolados de
outros partidos declarem apoio a Lu la, como fez o
tucano Aloysio Nunes (SP) na sexta-feira (13) em
entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.


Os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Veneziano
Vitaldo Rêgo (MDB-PB), por exemplo, participaram do
lançamento da chapa. Os senadores Omar Aziz (PSD-
AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), além do ex-prefeito
Alexandre Kalil (PSDMG), também já deixaram claro
ÁLue irão apoiar o petista.


Aliados mais otimistas, contudo, ainda ventilam a
possibilidade de que PSD e MDB se juntem à
campanha, sobretudo diante de um cenário que aponte
para a reeleição de Bolsonaro e diante da estagnação
da chamada ter ceira via. Há quem inclua na lista até
mesmo o PDT de Ciro Gomes -que hoje não admite
retirar sua candidatura.


Em resposta à crítica de que a frente ampla de Lula até
agora materializou apenas uma frente de esquerda,
petistas afirmam que a coalizão não necessariamente
deva ser formada só por instâncias partidárias.


A avaliação é a de que apoios isolados dentro de
legendas ou o endosso de personalidades e grupos da
sociedade civil também têm peso na narrativa de união
contra um inimigo comum. Há consenso no núcleo da
pré-campanha de que a presença de Alckmin tende a
favorecer essas adesões.


Petistas afirmam ainda que, ao se tratar de articulação
política, esse primeiro momento da pré-campanha foi
exitoso por agregar movimentos sociais, populares e
sindicais em torno do nome de Lula.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que irá atuar
na campanha, diz que advoga pela ampliação dos
partidos aliados, ressaltando que só há dois lados na
disputa eleitoral neste ano: 'o da democracia e o do
autoritarismo'.

Em um momento em que Bolsonaro amplia os
questionamentos ao processo eleitoral e faz insinuações
golpistas, o senador avalia que é preciso ter 'unidade
entre os democratas'. 'O momento de unidade é agora,
isso não pode ser deixado para depois, nem do ponto
de vista político, nem do eleitoral' A expectativa é que
Alckmin possa mediar o diálogo com esferas mais
resistentes a Lula, como o agronegócio, o mercado
financeiro e setores religiosos mais conservadores.

'Agora vamos trabalhar onde nós podemos crescer. E é
nesse campo liderado por Alckmin', afirma o ex-
governador petista Wellington Dias (PD), que também
integrará a coordenação da campanha.

Ele destaca que as pesquisas apontam que há uma
parcela de eleitores indecisos que deverá ser explorada,
assim como regiões do país em que Alckmin poderá
atrair votos, como Sudeste e Centro-Oeste.

A partir de agosto, Alckmin deverá cumprir um roteiro de
viagens próprio, a começar pelo interior de São Paulo.
Antes disso, é esperado que ele viaje com Lula, na
intenção de apresentar a chapa aos eleitores

Em sua fala no dia 7, o ex governador enfatizou o
convite para adesão de outras siglas e forças políticas à
frente desejada pelo PT.

'Faço um chamado público às demais forças políticas do
país que trabalham por essa mesma mudança: venham
se juntar a nós', discursou.

Ele uso seu tempo para fazer o que chamou de um
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