Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-15)

(Antfer) #1

Com alto investimento, sites de apostas esperam regulamentação


Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Esporte
domingo, 15 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Ministério da Economia

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Autor: Alex Sabino


SÃO PAULO Dos 40 times que disputam as séries A e
B do Campeonato Brasileiro, 35 têm algo em comum:
são patrocinados por sites de apostas esportivas. Um
mercado ainda não regulamentado no país, com
empresas hospedadas no exterior que não geram
empregos ou pagam impostos no país.


Isso vai mudar se o governo federal regulamentar a
atividade até o final do ano.


Entre os principais times do país, as exceções são
Brusque, Grêmio, Novorizontino, Palmeiras e
Tombense.


Não é apenas nas equipes que as marcas são
expostas. Companhias do ramo patrocinam programas
esportivos, contratam celebridades para anúncios e
pagam a influenciadores digitais para divulgar suas
marcas.


Não há um número definitivo para o tamanho desse
mercado nem uma estimativa precisa sobre o


crescimento que pode ocorrer com a regulamentação.
Empresários ouvidos pela Folha estimaram que, com a
regulação, é uma indústria que pode movimentar algo
entre R$ 20 bilhões e R$ 100 bilhões.

Com qualquer desses valores, será uma parte pequena
de atividade econômica que deve atingir US$ 140
bilhões anuais em 2028 (R$ 721 bilhões pela cotação
atual), segundo pesquisa da Grand View Research.

'Vai ser criada uma nova indústria, com novas
profissões, e o Brasil pode virar um centro de
tecnologia', avalia Ricardo Rosada, chefe de marketing
do galera. bet.

Os investimentos feitos em patrocínio nas equipes
brasileiras ocorrem, em parte, pela esperança de
expansão do mercado e da aguardada regulamentação.

As casas de apostas estão autorizadas a operar por
causa de lei 13. 756/2018, sancionada pelo então
presidente Michel Temer há quatro anos. Mas ela
determina que o assunto precisa ser regulamentado
pelo Ministério da Economia até o final de 2022. As
empresas que mantêm sites em português, anunciam e
patrocinam clubes nacionais não estão sediadas no
Brasil. Geralmente têm seus escritórios em países como
o Malta, Curaçao ou Gibraltar (onde está a maioria).

'Quanto mais a regulamentação demorar para sair,
menos dinheiro o Brasil arrecadará em impostos. A
ausência de regulamentação deixa o mercado brasileiro
inseguro juridicamente, tanto no ponto de vista do
operador [a casa de apostas] quanto do consumidor
[apostador]. A regulamentação vai trazer, por exemplo,
maior segurança para o apostador receber prêmios, já
que poderá pleitear seus prêmios na Justiça brasileira',
opina Udo Seckelmann, advogado especialista em
esportes e apostas no escritório Bichara e Motta.

Já houve problemas. E, em caso de qualquer
desacordo, não há a quem reclamar.
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