Mundo dos Super-Heróis - Edição 112 (2019-07)

(Antfer) #1
MAS COMO VOCÊ CHEGOU ÀS HQS?
Tentei entrar em alguma editora que
publicasse quadrinhos assim que concluí
a escola de artes. Fiz algumas entrevistas
de emprego para a 2000 AD, mas também
trabalhei em uma revista de ilustração
independente junto com alguns amigos que
se graduaram comigo. Foi esse material
que comecei a mostrar para as pessoas nas
primeiras convenções de que participei em
Londres, e muita gente graúda comprou
os meus prints, como Dave Gibbons, Bryan
Talbot e Steve Dillon.

A PRIMEIRA HQ DO SLÁINE QUE VOCÊ
ILUSTROU FOI PINTADA? Não exatamente.
Meu primeiro Sláine foi feito a nanquim
em preto e branco, mas as minhas histórias
com ele na 2000 AD logo saíram em cores.
Sláine foi muito importante para mim, pois
se tratou do meu primeiro trabalho para
quadrinhos, em 1985. Antes disso, eu só tinha
desenhado uns cartuns para um fanzine
quando tinha uns 20 anos. Era produzido em
uma espécie de redação no estúdio de cinema
de Shepperton, perto de onde meus pais
moravam, o que me facilitou as coisas.

VOCÊ TEVE UMA BOA RELAÇÃO COM PAT
MILLS, NÃO? Claro. Ele fez parte de uma fase
em que passei desenhando apenas em preto e
branco e da transição para as cores.

E TAMBÉM TRABALHOU COM GARTH
ENNIS. COMO FOI ISSO? Não dá para falar
sobre ele e não lembrar de Steve Dillon (que
Deus o tenha), que foi o primeiro artista
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oportunidade de trabalharmos juntos surgiu
quando Garth estava em Londres para
conversar com o pessoal da [editora] Fleetway

MUNDO DOS SUPER-HERÓIS | 15

O título Hellblazer teve quase 40 capas de autoria de
Fabry. Acima, o primeiro trabalho do artista na série.
Abaixo, uma imagem bem conhecida dos fãs brasileiros

O talento de Fabry é cobiçado por várias
editoras. Na Dark Horse, fez ilustrações como
essa, usada como capa na minissérie Rage

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