74 | Sabor. club [ ed. 33 ]
Deu outro dia na coluna do Anselmo
Gois, em O Globo: os Jogos Cariocas
de Botequim acontecem em janeiro de
2020, durante quatro fins de semana
em oito bares-sede do Centro e das
zonas Sul, Norte e Oeste da cidade.
Em cada lugar será praticada uma
modalidade, desde porrinha a
totó (veja quadro).
A ideia, diz o jornalista Juarez
Becosa (autoridade em botequinismo),
nasceu, claro, na mesa de bar, há alguns
anos. Mas como não houve grana para
realizá-la foi para a geladeira. Até que,
ao lado de parceiros como o empresário
Felipe Nogueira, Becosa resolveu lançar
a ideia com a cara e a coragem.
Na cerimônia de abertura, haverá o
revezamento de tulipa, percorrendo os
bares e passando de mão em mão, de
bandeja a bandeja. Em tempo, os jogos
não contam com exame anti-doping.
Ao contrário, para participar das
competições os atletas devem ingerir,
ao menos, uma tulipa de chope –
para entrar no clima.
As inscrições serão abertas no fim
do ano a partir de novembro, nos bares
olímpicos. Custará em torno de
R$ 100, com direito a camiseta do
evento, chope e petiscos, além de
entrada na festa de encerramento.
Chope a metro
- Ganha quem
bebe mais rápido
(há técnica para
tal) e não quem
bebe mais.
Queda de braço
- Um clássico no
subúrbio carioca.
Dica: nem sempre
vence o mais forte.
Beer-pong – Nasceu
nos EUA. Ganha quem
acerta mais bolinhas
de pingue-pongue
nos copinhos com
dedos de água, na
extremidade de uma
mesa retangular.
Frescobol de
amendoim –
No jogo em
dupla, um
parceiro deve
arremessar – e
acertar! – o tira-
gosto na boca
do outro.
Porrinha –
O clássico
dos clássicos:
o palpite da
quantidade
de palitos
escondidos nas
mãos é vem
de técnica ou
adivinhação?
Corrida de
bandeja –
Para garçons
habilidosos.
Precisa treinar
Pit-stop de barril – Ganha para participar.
quem retira o tonel vazio
da chopeira, troca por um
cheio e tira um chope.
To t ó – O pebolim,
em alguns estados
do Brasil, na regra
original: girou 360º a
barra de manipulação
é pênalti!
74 | Sabor.club [ ed. 3 3 ]
Os bares-sede
Baródromo, Lapa – O
primeiro bar-temático
das escolas de samba,
com alegorias por
todos os lados. E roda de
pagode, quase todas as noites.
Pavão Azul,
Copacabana – Famoso
pelas pataniscas de
bacalhau e pasteis de
camarão, desde 1957.
Tem cerveja em casco e festa
na calçada.
Relíquias do Brasil,
Barra – É um museu
com itens originais que
levam quem tem mais
de 35 anos às lágrimas.
Desde o freezer da Kibon ao
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sim, funciona! Para comer,
sanduichaço de mortadela
envolvido em papel
cor-de-rosa.
Liga dos Botecos,
Botafogo – Reúne
num só lugar as
receitas de quatro
estrelas do botequinismo
carioca: o Momo, o Botero, o
Cachambeer e o Bar da Frente.
Aconchego Carioca,
Maracanã – A casa da
Kátia Barbosa, criadora
do bolinho de feijoada.
Muita cerveja especial e
comida para comer ajoelhado.
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- O lendário Adonis
fechou e reabriu agora
com apenas com novo
nome. O restante é
tudo igual. Até o premiado
bolinho de bacalhau é feito
pelo mesmo cozinheiro,
o Marcelo.
Galeto Sat’s, Botafogo
- Famoso pelo galeto
assado e, mais ainda,
pela melhor farofa de
ovo do mundo.
Brewteco, Leblon – Um
balcão e uma centena
de rótulos de cerveja
especiais. Reúne uma
legião de admiradores
diante da pequena fachada.