MUNDO DOS SUPER-HERÓIS | 13Pancadaria e jogatina
A popularidade dos jogos de tabuleiro está levando
o cenário de HQs famosas para a mesa, como
aconteceu com o herói Kick-Ass, que teve um
boardgame recém-lançado no Brasil. Nele, os
jogadores assumem o papel de heróis como Hit-
Girl, Coronel Stars e Kick-Ass, e tentam impedir
que vilões aterrorizem Nova York. A cada partida,
que dura em média 90 minutos, escolhe-se uma
trama que conta com um objetivo específico e traz
um dos vilões principais da série à trama, como
Red Mist ou Don Genovese. Fiel aos gibis,
o jogo exige que heróis não se preocupem apenas
com a luta contra o crime, mas também com sua
satisfação pessoal e a popularidade nas redes
sociais. A produção se destaca ao trazer miniaturas
detalhadas de plástico e contar com a arte de John
Romita Jr., coautor de Kick-Ass e responsável
por ilustrar as histórias do personagem. Outro
destaque é o manual de instruções, que conta com
algumas páginas em formato de HQ, em que o herói
tenta aprender as regras de seu próprio jogo. O
boardgame Kick-Ass foi lançado em nosso país pela
Galápagos e pode ser adquirido no site da editora
ou em lojas especializadas por cerca de R$ 330.O mercado de ilustrações originais de HQs
existe há décadas, mas no Brasil ele acaba de
ganhar seu primeiro polo, para onde podem
convergir os fãs interessados em comprar
páginas saídas direto da prancheta dos
artistas. Situada na descolada Rua Augusta,
em São Paulo, SP, a 9a Arte Galeria expõe
dezenas de imagens feitas por afamados
autores brasileiros, todas disponíveis para
venda. As paredes são reservadas para o
convidado da vez, que apresenta seu trabalho
em exposições que duram um mês, caso
de Sam Hart, que teve suas ilustrações
apresentadas ao público no mês de julho.
Em meio a tantas peças, estavam páginas
originais das HQs The Coldest City (que rendeu
o filme Atômica) e 10 Dias Perdidos (cujo
novo capítulo busca apoio no Catarse). Já as
peças remanescentes ficam armazenadas
em pastas disponíveis aos visitantes. Tida
como a primeira galeria de arte exclusiva
de quadrinhos, o espaço é um encontro da
experiência com a paixão pelas HQs. Ao
conhecimento e prática de Mona Lisa Martins,
que trabalhou como galerista por anos,
uniu-se o interesse de seu marido Alexandre
Vital, que passou a colecionar artes originais
desde sua primeira visita a CCXP, em 2014.
Foi quando percebeu que não eram poucas as
pessoas que, como ele, interessavam-se por
esse tipo de material. Alocada na tradicional
galeria Ouro Velho, a 9a Arte Galeria tem
entrada gratuita e está aberta ao público de
terça a domingo, mas as peças de seu acervo
também podem ser compradas pela internet
no site http://www.9artegaleria.com.Jogando alto
Os quadrinhos, felizmente, estão em alta e,
muitas vezes, brilham até mesmo em eventos
voltados para outros públicos que não os
fãs tradicionais de HQs, como foi o caso da
Game XP 2019, o maior evento de games da
América Latina. Realizada entre 25 e 28 de
julho, na Arena Olímpica, RJ, a terceira edição
do evento contou mais uma vez com a Art
Street, um espaço dedicado a ilustradores
em geral, e criado já na estreia na estreia da
Game XP, em 2017. A diferença neste ano foi
o tamanho da área, que dobrou em relação
a edição anterior. Isso não se deu à toa. Até
porque, mais uma vez, o espaço foi um dos
mais visitados no evento, fazendo com que o
material levado por quase todos os artistas
se esgotasse, em alguns casos, antes do
último dia de atividades. Por conta disso,
alguns autores aproveitaram a ocasião para
fazer lançamentos de seus novos trabalhos.
Na apuração, a reportagem da Super-Heróis
registrou quatro: Só os Inteligentes Podem Ver
(de Guilherme Smee), Found Footage (Marvin
Rodriguez), Jugular (Gabriel Calfa e Daniel
Franco) e O Entendiante Trabalho de Morte
Crens (Gustavo Borges), com mais um capítulo
da saga dessa hilária versão da Morte.HvsdÉr#gdv#duwhv
Os desenhos de Sam Hart foram expostos
na galeria de arte focada em HQsAutores como Tito Camelo (acima)
apresentaram suas HQs na Game XP