AMEAÇA: DOENÇA
Desde a década de 1980 que uma doença fúngica
chamada quitridiomicose, provavelmente disseminada
através de contacto directo e água infectada,
tem devastado as populações de anfíbios. Mais de
quinhentas espécies foram afectadas, 90 das quais
podem encontrar-se extintas. O fungo perturba
a transmissão dos electrólitos através da pele da rã,
ou do sapo, acabando por provocar paragem cardíaca.
Sapo-arlequim de Andersson, Atelopus palmatus (CR)
Endémico do Equador, gravemente afectado pelo
fungo, também tem perdido habitat para a agricultura
e a urbanização. A sua população diminuiu mais de 80%
aolongodaúltimadécada.
Rã-marsupial de Espada, Gastrotheca testudinea (LC)
Esta rara rã arborícola dos Andes orientais equatorianos,
peruanos e bolivianos é menos vulnerável ao fungo porque,
ao contrário da maioria das rãs, não faz posturas perto de
água. As fêmeas chocam os ovos no interior de uma bolsa
alojadanascostas.
Rã-marsupial-bromelícola, Gastrotheca plumbea (VU)
A fragmentação e perda de habitat, devido à agricultura
e aos incêndios, afectaram esta rã de montanha equatoriana
deformaparticularmentegrave.
Rã-aquática de Sehuencas, Telmatobius yuracare (VU)
Durante dez anos, pensou-se que este macho, chamado
Romeu, era o último da sua espécie. Porém, durante uma
expedição à Bolívia em 2018, os cientistas capturaram mais
cincoanimais,incluindotrêspotenciaisparceiras.
Rã-ladra de Tabasara,Craugastor tabasarae (CR)
Embora o fungo tenha exterminado esta espécie quase
por completo, alguns investigadores ainda a ouvem nas
florestas do Panamá.
1, 2, 3: CENTRO PARA A INVESTIGAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ANFÍBIOS DE JAMBATU, EQUADOR
4: CENTRO KAYRA, MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL ALCIDE D’ORBIGNY, BOLÍVIA
5: CENTRO DE CONSERVAÇÃO DE ANFÍBIOS DE EL VALLE, PANAMÁ
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