VOX - #12

(VOX) #1

extremamen-
te feminina
que preserva
características
milenares e
essenciais da
natureza da
mulher. E ao
mesmo tempo se desenvolve de
maneira contemporânea, traba-
lhando os pilares do equilíbrio
e poder.
A dança oriental está totalmen-
te ligada ao empoderamento fe-
minino. É uma das danças mais
antigas da humanidade e também
uma das mais conhecidas em todo
o mundo. É sinônimo de autoco-
nhecimento para muitas, do amor
próprio, da alegria e do corpo
como forma de expressão.
“A dança tem poder de
cura, de resgate da feminilida-
de. Ela transforma e proporciona
união, além de todos os benefícios
físicos”, declara Giovana Apare-
cida Dellabona. Conhecida nos
meios artísticos como Gigi Najma,
da cidade de Tupã.
Gigi é bailarina profissional
e professora de dança do ven-
tre. Ela conta que sem-
pre gostou do universo
das artes. Já a dança do
ventre entrou em sua
vida há 14 anos.
A paixão pela arte
foi o que motivou Gigi a
ensinar outras mulhe-
res. Tudo começou com o
incentivo de sua profes-
sora. “Minha primeira
professora, Dorot-
ty Lima, viu minha for-
ça de vontade e dedica-
ção nas aulas. Me orien-
tou a me aperfeiçoar e se
propôs a me dar aulas
intensivas para que eu
pudesse também ensi-
nar. Serei eternamente
grata a ela por ter visto
em mim esse potencial”.
Gigi atua profissio-
nalmente nesta área há
10 anos. Iniciou dando
aula na garagem de sua


casa, com cerca de quatro alunas.
“Não havia som adequado, nem
mesmo espelho para ministrar
as aulas, mas aos poucos foram
entrando mais alunas e tive a
oportunidade de melhorar meu
espaço”, lembra.
Na época ela trabalhava como
promotora em supermercados e
as aulas eram uma renda extra
no orçamento. “Um ano após o
início das aulas consegui colocar
os espelhos, melhorar a qualidade
sonora, climatizar o ambiente,
tudo aos poucos. Com isso, de-
cidi me dedicar exclusivamente
à dança do ventre, investindo
em workshops e cursos de pro-
fissionalização com os nomes
mais renomados da dança árabe,
reconhecidos nacional e interna-
cionalmente”.
Em 2018, após ser unanime-

mente apro-
vada pela
banca avaliado-
ra, Gigi obteve
seu registro
profissional
(DRT). Hoje,
a escola conta
com cerca de 50 alunas e ensina
as modalidades de ritmos, dança
cigana e dança do ventre. “Temos
turmas para todas as idades, cada
uma com metodologia de ensino
específica”.
Para Gigi, seu trabalho é arte e
amor. O corpo, a mente, os senti-
mentos, os gestos e as posturas,
tudo se mistura no palco e na per-
formance. “Sou apaixonada pela
dança”, declara.
No universo da dança estão
grandes inspirações. “Tenho mui-
tas influências, são profissionais
talentosos, alguns deles se torna-
ram meus amigos. Tenho o prazer
de tê-los sempre que possível no
espetáculo anual da escola”.
Gigi recorda de quem esteve
com ela logo no início quando de-
cidiu se aprofundar na dança do
ventre. “Uma das minhas grandes
mestras, foi uma das
primeiras professoras
que procurei quando
decidi me profissiona-
lizar, é a Ju Marconato,
bailarina de Arara-
quara. Mas, de modo
geral, seria até injusto
mencionar uma ou outra
influência na dança do
ventre, pois foi um longo
caminho até aqui e tive a
honra de conhecer gente
especial, pessoas que
realmente se tornaram
próximas e com as quais
tenho contato até hoje”.
Durante esses
10 anos de carrei-
ra, ela participou de di-
versos espetáculos pela
região e em outros
estados, como Paraná e
Mato Grosso.
Ela se lembra do
primeiro espetáculo

“A dança tem poder de cura, de resgate da


feminilidade. Ela transforma e proporciona união,


além de todos os benefícios físicos”.
Gigi Najma

ABRIL 2019 | REVISTAVOX.COM 127

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