VOX - #12

(VOX) #1
que realizou com as alunas, em
novembro de 2013. “Foi um misto
de sensações, o medo do novo, a
incerteza se daria certo ou não,
montar todas as coreografias,
pensar nos figurinos, mas foi uma
noite mágica, sou imensamente
grata pela coragem em dar esse
passo e pela oportunidade em
dar continuidade a esse grande
sonho”.

dade, e a prática deve ser tratada
com todo respeito e carinho”,
reforça Gigi.
Executar os famosos movi-
mentos com os quadris trabalha a
autoestima feminina e a flexibili-
dade corporal. No geral, a técnica
proporciona benefícios para a
mente e o físico. “O prazer com a
dança é algo que se adquire no dia
a dia. Com o decorrer do tempo
chega-se à conclusão que é um
prazer para a vida toda”.

DANÇA PARA TODOS
Por tantos benefícios mui-
tas pessoas buscam fazer parte
desta arte milenar. “A princípio
as alunas procuram a dança como
forma de resgate da autoestima,
algumas até mesmo por orienta-
ção médica, outras como válvula
de escape, e todas acabam se en-
volvendo com a beleza dos figuri-
nos, maquiagens... depois de certo
tempo de prática, elas acabam se
envolvendo também com a cultura
da dança”.
Sem contar o brilho do figu-
rino. Impossível não atrair os
olhares. As peças costumam ser
enfeitadas com pedras e lantejou-
las. As dançarinas usam também
uma saia comprida, porém aberta
nas pernas e um cinturão todo
enfeitado com acessórios.
Cores, muitas, e em tonalida-
des fortes. E quer saber mais? A
professora afirma que não existe
idade para praticar a dança do
ventre. “Temos alunas de todas as
idades, de 5 a 68 anos, cada uma
dançando no seu tempo, no seu
ritmo, de acordo com suas pos-
sibilidades e limitações, respei-
tando acima de tudo seu próprio
corpo”.
Apesar da dança do ventre ser
tradicionalmente feminina, hoje
em dia há homens aderindo a prá-
tica. “São grandes profissionais
que têm conquistado uma admi-
ração cada vez maior na área”,
acrescenta.
A dança não tem restrições
de pessoas. A música carrega
uma energia, basta sentir e dan-

“É o encontro da


feminilidade, da saúde


física e emocional. Nela


encontramos a nossa


identidade, respeitando e


valorizando as diferenças”.
Dabliana das Neves

E ninguém melhor do que a
professora para ensinar mais so-
bre essa dança milenar. A técnica,
basicamente, é a dissociação dos
quadris. É algo que sempre gerou
polêmica e receio por parte da
sociedade devido ao seu alto teor
de sensualidade.
Mas não é nada disso. Já é hora
de desmistificar essa dança que
atrai a atenção do público e tem
uma legião de praticantes.
“Estaria mentindo se disses-
se que a dança do ventre não é
sensual. Trabalhamos a sensuali-
dade, a beleza de forma geral, não
só externa, mas também de dentro
para fora. Isso acontece, entre
outros motivos, porque a dança
trabalha todo fluxo hormonal das
mulheres, fazendo com que elas
fiquem e se sintam mais elegantes,
sensuais, bonitas e donas de si.
Importante ressaltar que se trata
da sensualidade e não sexuali-

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