VOX - #12

(VOX) #1
de sair de casa para comandar a concessionária em Ada-
mantina, de onde nunca mais quis ir embora.
A história de Beto começa em Martinópolis, municí-
pio com aproximadamente 24 mil habitantes, próximo
a Presidente Prudente. Quinto filho de uma família de
comerciantes, desde cedo trabalhava no estabelecimen-
to dos pais, uma loja de
eletrodoméstico, móveis e
armas.
Nesta época aprendeu
as características que nor-
teariam sua gestão à frente
da Alpavel. “Aprendi com
meus pais toda base do
empreendedorismo e que
sempre devemos traba-
lhar com seriedade e afin-
co, independente do ramo.
O que é plantado define o
que será colhido”, diz.
Como a maioria dos
jovens, no final do ensino
médio ele pensou em se-
guir novos rumos, cursan-
do Engenharia Agronômi-
ca na UEM (Universidade
Estadual de Maringá), no
Paraná.
Morou em Maringá
durante os quatro anos de
ensino superior e ao final
dos estudos voltou final-
mente para casa. De volta,
a rotina era dedicada à loja
familiar, quando surgiu a oportuni-
dade de comandar a concessionária
Fiat de Adamantina.
O empresário fala da empresa
com o mesmo brilho nos olhos de
um pai que fala sobre o filho bem-
-sucedido.
Na Alta Paulista, novo desafio,
principalmente por entrar em um
setor considerado o termômetro da economia, já que o
desempenho das vendas de veículos está atrelado direta-
mente ao momento em que o país atravessa.
“O ramo automobilístico é o primeiro setor que sente,
quando está bom ou ruim, sendo o termômetro do mer-
cado. Para a consolidação de uma empresa neste setor é
essencial gestão consciente. Tem o momento de poupar e
a época de utilizar as economias”, pontua.
Nesta trajetória que completará 28 anos, o empresá-
rio consolidou, juntamente com a família, a marca Fiat
como umas das mais prestigiadas pelo público regional.
Hoje a Alpavel conta com filiais em Dracena e Tupã,
administradas pelos irmãos Eduardo e Vicente.
O orgulho pelo reconhecimento do bom trabalho,

no entanto, está longe de deixar o empresário acomo-
dado. Por isso tem uma relação direta com os colabo-
radores, considerados essenciais para a consolidação
da empresa.
“Existe a troca de experiências. É um relacionamento
direto e dinâmico, sempre objetivo. A maioria de nossos
funcionários é de longo
tempo. Eles conhecem
a dinâmica da empresa.
Toda troca é ruim para o
negócio, por isso traba-
lhamos para manter um
grupo constante de colabo-
radores”.

O OUTRO LADO
De dia, empresário.
No período da noite, pai
de família. Com relação
próxima aos irmãos e aos
dois filhos, Heitor e Sama-
ra, Beto diz que sua rotina
se resume a costumes
comuns, compartilhados
com a esposa Suheila.
“A vida tem que ser
compartilhada com as
pessoas que amamos e
nos fazem bem”, enfatiza.
“Mesmo meus filhos mo-
rando fora, temos contato
diário, pelo menos duas ou
três vezes ao dia conversa-
mos. Já com meus irmãos
costumamos nos reunir frequente-
mente”.
Beto se define caseiro. Porém
gosta de frequentar os restaurantes
da cidade com amigos e, algumas ve-
zes, tira dias de folga para aproveitar
sua propriedade rural no estado do
Mato Grosso do Sul para ter uma
relação mais direta com a natureza.
Outro ponto destacado é sua relação com Adaman-
tina. O município que o acolheu ainda jovem é o porto
seguro para o empresário que desenvolveu sua trajetória
profissional e criou raízes familiares. “Viver em Ada-
mantina é opção de vida. Tive oportunidades de mudar
de lugar, porém, um conjunto de coisas boas me segura
aqui. Só tenho que agradecer a cidade, que me acolheu
anos atrás e me acolhe até os dias de hoje”.
Ao ser questionado sobre o futuro, Beto diz ter boas
perspectivas. “Tenho boas expectativas para o país
voltar a crescer, criar empregos e a economia voltar a
girar. No âmbito pessoal, os sonhos não podem parar.
Considero-me uma pessoa feliz, que tem mais o que ima-
ginaria ter. Minha vida é somente gratidão”.

“A vida tem que ser


compartilhada com as


pessoas que amamos e


nos fazem bem”.


16 REVISTAVOX.COM | ABRIL 2019

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