VOX - #12

(VOX) #1

42 REVISTAVOX.COM | ABRIL 2019


“Não tive dificuldades, só mesmo
adaptações”, acrescenta. Isso porque,
antes toda escola musical tinha aulas
de piano e violão. Com uma visão
empreendedora, Rita buscou inovar.
“Fomos nos adaptando aos novos tem-
pos. Muitas escolas fecharam por não
atender as novas tendências”.
O Villa Lobos passou então a con-
tar com aulas de guitarra, contrabaixo,
bateria, canto, entre outros. Além
disso, a escola buscou inovar em suas
apresentações. “Antes a audição era
demorada, hoje temos vários eventos
para apresentações durante o ano”,
explica Rita.
Dentre os eventos ela destacou o

concertino com as crianças e o festival
de bandas, além do concerto de verão e
o piquenique na chácara, também com
os alunos menores.
O conservatório destaca o repertó-
rio brasileiro e também dos composi-
tores sul americanos. Oferece também
ao aluno um conhecimento dos
compositores modernos. É uma das
escolas de música mais tradicionais e
completas de Adamantina e região.
Rita Ramenzoni tem se dedicado
a didática pianista participando da
formação de muitos jovens que têm

se destacado no Brasil e no exterior
desde 1974.
Seu trabalho junto à criança e
jovens é reconhecido por pianistas
como: Paulo Giovanini, Amaral Vieira,
Lydia Allimonda, Yara Ferraz, An-
tônio Bezan, Luis Fernando Garcia
e outros mestres a quem agradece a
formação do seu conhecimento.
Quanto ao futuro da escola, ainda
não é momento para dizer. “Ainda não
tomei uma decisão, estou na ativa e por
enquanto permanecerei”, destaca Rita.

DOS NÚMEROS ÀS TECLAS
Além de pedagogia e piano, Rita é
formada também em matemática. Mas
preferiu trocar
os números
pelas teclas do
piano. “Traba-
lhei sempre em
escola. Tentei
matemática, mas
saí correndo...”,
brinca.
“Trabalhar
com música é
mais gratificante
para mim. Piano
representa um
grande conforto,
uma grande
alegria, tudo
o que pode-
mos fazer com
música, fazemos
melhor, ver meus
alunos tocar é
emocionante. É o
que amo fazer”,
completa.
Rita também
já desenvolveu trabalhos de iniciação
musical e canto coral e chegou a gravar
três CDs junto aos alunos do Colégio
Objetivo. “Trabalhei no Colégio Objeti-
vo há muitos anos. Lá gravei CDs com
os alunos (crianças e adolescentes),
com piano e coral”, disse.
Seu talento passou pelo Coral
Santo Antônio, onde atuou na regên-
cia. Também participou do MOCESP
(Movimento Coral do Estado de SP) e
do Festival de Inverno de Campos de
Jordão em 1973.
Além da regência do Coral Santo

“Tudo o que podemos fazer com música,


fazemos melhor...”.


nense, na verdade”.
Foi na cidade da Nova Alta Paulista
onde constituiu sua família e carreira
na área musical. O talento com o piano
é um dom que nasceu com ela. Segun-
do a professora, não teve nenhuma
influência da família. “Comecei sozi-
nha. Ninguém era músico na minha
família”, lembra.
Rita ganhou seu primeiro piano
com apenas 15 anos de idade, mas
começou sua trajetória com a música
erudita quatro anos depois. “Ao invés
da festa de debutante que também era
o sonho de toda menina naquele tem-
po, eu escolhi um piano”, conta.
Depois de tantos anos, o primeiro
piano já não está
mais com Rita,
mas passou a ser
uma recorda-
ção especial de
uma escolha de
quando ainda era
adolescente.
Assumiu em
1974 a direção
do Instituto Villa
Lobos com o ob-
jetivo de desen-
volver nos jovens
a sensibilidade
pela música e
descobrir novos
talentos. E foi
exatamente isso
o que aconteceu.
Aos 20 anos,
quando adquiriu
a escola de piano,
novos alunos
começaram a
surgir.
“Comecei com 19 anos os estudos
ali. Arrendei a escola com 20 anos e
depois consegui comprar com o meu
trabalho. Quando assumi a escola
dobrei o número de alunos. Eu fazia
eventos, audições e até ganhamos uma
bandinha rítmica na época do prefei-
to Euclides Romanini. A prefeitura
naquele tempo doou os instrumentos
para fazermos a bandinha que toca-
va nos desfiles da cidade e eventos”,
recorda Rita.
Ela só tem boas memórias do início
de sua carreira com o Villa Lobos.
Free download pdf