Elle - Portugal - Edição 374 (2019-11)

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ELLE PT 133

se encaixa em nenhuma destas categorias por se tratar de um
processo de reequilíbrio hormonal. Apesar de ser um período
específico no tempo e por isso podermos pensar que é sazonal,
a verdade é que se trata de um momento de recuperação de
um choque hormonal e de um desgaste corporal tremendo. Em
média, são necessários seis meses depois do parto para a mulher
conseguir ter o seu cabelo no estado original. No entanto, se
estiver grávida, deve ter consciência de que este período pode
ser mais longo ou pode até não voltar a ter o cabelo que tinha
antes da gravidez. «Às vezes, algumas clientes têm dificuldade
em ter o cabelo como tinham», avisa Vila Nova.

UMA QUESTÃO DE ROTINA
Há outras influências externas que estimulam a queda de cabelo,
quer sazonal quer permanente, nomeadamente a metabólica.
O excesso de produtos cosméticos é um deles. É comum ouvir as
pessoas que fazem alisamentos progressivos dizerem que nos dias
seguintes aos tratamentos perdem muitos fios. Já em relação aos
produtos de uso diário, «há muita oferta cosmética, champô com
silicones, champô para alisar, produto para dar gloss... Tudo isso
contém polímeros que entram e, de uma certa forma, plastificam
a superfície do fio do cabelo, mas que também podem causar con-
gestão do couro cabeludo», afirma o profissional. «Fazendo uma
comparação com a pele, se utilizarmos maquilhagem todos os dias
e não a tirarmos, os nossos poros ficam congestionados. Então, as
pessoas vão ter ainda mais necessidade de usar maquilhagem para
tapar os sinais de inflamação da pele», dá Vila Nova como exem-
plo. Com a diminuição da quantidade de cabelo, por exemplo,
as mulheres têm tendência para utilizar produtos que conferem
volume, o que se revela contraproducente porque estes produtos
vão congestionar os folículos; e, por usa vez, «o nosso corpo, por
uma questão de defesa, para expelir estas toxinas, pode rejeitar
o cabelo juntamente com esse excesso de produto e pode rejeitá-lo
prematuramente», afirma o tricologista.
Então, o que podemos fazer para ajudar o nosso cabelo a não
entrar em processo de calvície prematuro? «Temos de seguir uma
rotina semelhante à que fazemos na pele», diz Vila Nova. «Pelo
menos uma vez por semana ou de 15 em 15 dias» fazer uma esfo-
liação, tal como aconselhamos no início no processo de recuperação
durante o outono. Depois, deve ser compensada «por um hidra-
tante melhor para balançar o pH da pele do couro cabeludo porque
estamos a criar uma agressão. Nós estamos a tirar a particularidade
má da pele, mas, ao mesmo tempo, também estamos a tirar a
particularidade boa da pele ou do couro cabeludo, neste caso. Então,
a seguir temos de utilizar os agentes que vão recompensar.
É importante ter cuidados no tipo de champô que se utiliza»,
destaca o tricologista.
Se depois do período sazonal expirar se revê nalguns pormenores
aqui partilhados, procure um profissional. Mas como o outono
ainda não acabou, veja alguns dos produtos que podem ajudar
no combate ao cabelo em queda livre.

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6 e 7. AMPOLAS Cuidado Antiqueda Global Phyto Novathryx,
12 ampolas de 3,5 ml cada, €98, Phyto. Cuidado Triphasic
Progressive, oito frascos com 5,5 ml cada, 74,80, René Furterer.


  1. TÓNICO Tónico Energizante para cabelo propenso
    a queda, 100 ml, €40,40, Davines.

  2. MOUSSE Mousse de tratamento Densimophose
    da gama Densifique, 120 g, €26,15, Kérastase.


Penteados
e a utilização de
acessórios podem
contribuir para
a queda de cabelo
devido à tensão
que causam no
couro cabeludo.
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