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COM 40 DIAS NO CARGO


Banco Central do Brasil

Jornal O Globo/Nacional - Economia
terça-feira, 24 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais
Nacionais

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Autor: FERNANDA TRISOTTO, JUSSARA SOARES,
ELIANE OLIVEIRA, GERALDA DOCA E BRUNO ROSA


Uma semana depois de o presidente Jair Bolsonaro
afirmar que seria necessário trocar as 'peças no
tabuleiro' da Petrobras, ele demitiu ontem José Mauro
Coelho do cargo de presidente da estatal. O executivo
estava há 40 dias no cargo e era considerado o braço
direito de Bento Albuquerque, que perdeu o posto de
ministro de Minas e Energia (MME) no último dia 11.


Para o lugar de Coelho foi nomeado Caio Paes de
Andrade, nome de confiança do ministro da Economia,
Paulo Guedes.


INFLUÊNCIA DE GUEDES Desde que Bolsonaro
decidiu indicar Adolfo Sachsida para a pasta de Minas e
Energia, a influência de Guedes na Petrobras, no setor
de energia e no debate sobre reajuste de combustíveis
ganhou força. E chegou ao ápice desde o início do
governo.


No Planalto, a nomeação de Caio foi atribuída a Guedes
e Sachsida. O ministro da Economia já vinha


defendendo a indicação dele para comandar aestatal
desde a saída de Silva e Luna. O nome de Paes de
Andrade ganhou impulso em razão do trabalho na
implementação da plataforma gov. br, considerada uma
revolução digital. Ele não tem experiência no setor,
conforme exige a Lei das Estatais, mas a estratégia
seria indicar alguém com vasto conhecimento da política
econômica, afinado com Sachsida e Guedes.

De acordo com interlocutores, o governo poderia fazer
uma espécie de adaptação para indicar Andrade, com o
foi feito com Silva e Luna, que não tinha atuado no setor
de petróleo e possuía curta experiência no setor de
energia. Ele ficou pouco menos de um ano no cargo.

TROCANA DIRETORIA ADIANTE Com troca, a
Petrobras terá o quarto presidente no governo
Bolsonaro. Todos os antecessores foram demitidos por
divergências com o governo sobre reajustes de
combustíveis.

A expectativa é que o governo promova novas
mudanças na diretoria da estatal.

Hoje pela manhã, Bolsonaro terá reunião com Sachada,
além do chanceler Carlos França e do ministro Célio
Faria, da Secretariade Governo.

Pressionado pela baixa popularidade que ameaça sua
reeleição, Bolsonaro determinou à ala política do
governo fazer o que fosse preciso para controlar a
inflação puxada pela atados combustíveis.

Desde que assumiu, Sachsida deixou claro que toma
decisões alinhado com Bolsonaro. O presidente deu
declarações em que praticamente deu carta branca para
Sachsida escolher alguém para a estatal.

Nodial5demaio, ao ser perguntado sobre troca no
comando da Petrobras, Bolsonaro respondeu: 'pergunta
para o Adolfo Sachsida. Ele é o ministrode Minas e
Energia e trata disso'.
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