Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-24)

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Jornal O Globo/Nacional - Esportes
terça-feira, 24 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Colunistas

e estética. É nas ligas que trabalhos de excelência são
postos à prova semana após semana, num teste de
regularidade, padrões, identidade e qualidade de jogo. E
desse tipo de disputa em que o controle do treinador é
maior, Guardiola se apoderou.


É lógico que a Champions é uma ambição, mas é
curioso como o catalão se tornou o único técnico
cobrado pelos títulos não ganhos, ou pior, pelas Ligas
dos Campeões não ganhas. Como se 90 minutos - ou
por vezes cinco - de um jogo indomável definissem toda
uma caminhada. Não é preciso tanta noção do mundo
real do futebol para entender o quanto tal parâmetro de
sucesso é risível. 'Não posso viver pensando que minha
felicidade depende da Champions', disse Guardiola. É
mais difícil lembrar quantas taças ele e Klopp ganharam
do que recordar como seus times jogam, que sensações
e prazeres despertam. Por isso serão lembrados. Este é
o sucesso de verdade.


BOM EXEMPLO


Não é encantador, mas Fernando Diniz tem feito o
Fluminense competir, mesmo que por vezes tenha que
defender perto de sua área. Com bola, alguns traços
das ideias do técnico já aparecem. Mas a vitória de
domingo ficou marcada mesmo pelo bom exemplo de
Moisés, do Fortaleza, que se recusou a tirar partido da
lesão de Nino num lance que poderia ser perigoso. Ao
desistir do lance, mostrou que valores podem valer mais
do que um gol.


FRAGILIDADE


Para resolver uma questão entre um atleta e o treinador,
o Flamengo colocou toda a alta cúpula do futebol para
dar explicações. Tornou-se difícil não pensar que o lado
mais forte não estava presente: Diego Alves e parte do
elenco. O Flamengo venceu o Goiás, mas todos
aguardavam mesmo era pela coletiva. O clube não
consegue respaldar seu técnico e limitar a sensação de
fragilidade de qualquer um que ocupe o cargo. É quase
um padrão.


PATOLOGIA DO JOGO


Quando se pensa no futuro da corrida pelo posto de
melhor do mundo, dois nomes concentram a badalação:
Mbappé e Haaland. É sintomático que, em 15 dias, um
tenha assinado com o City e outro renovado com o PSG
por valores exorbitantes. É retrato de um jogo doente,
cuja elite ameaça se tornar um grupo ainda mais
fechado e dominado pelos 'clubes-estado'. O futebol
não consegue controlá-los.

COLUNISTAS

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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