BRANDING - Você quer ter razão ou quer ter clientes?
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Revista Meio & Mensagem (2)/Nacional - Opinião
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Colunistas
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Autor: JOÃO BRANCO
Quase toda grande marca tem um mascote
humanizado, mas o consumidor não quer apenas falar
com um avatar, quer uma relação próxima, de confiança
A gente não faz marketing para a gente mesmo. Nem
para o dono da empresa. Nem para ganhar prêmios. A
gente faz marketing para os clientes. São eles que
definem se um produto é bom ou não. Se um preço é
barato ou caro. Se uma arte é bonita ou feia. São os
clientes que precisam ser informados, convencidos,
satisfeitos. São eles que devem lembrar de uma
experiência, querer voltar, recomendar. Sem
consumidores, não existe negócio.
Marketing bem-feito não é o que usa inteligência
artificial, o que faz propaganda em três dimensões ou o
que está no metaverso. Isso tudo é interessante e pode
ser usado. Mas marketing bem-feito é o que deixa o
cliente satisfeito. O resto é “recheio”. É meio. É drible.
Acho legal ver um time de futebol que joga bonito. Mas
quem ganha é quem faz mais gols. E, no marketing, o
placar marca os sorrisos no rosto das pessoas que
estamos servindo. Aliás, está aí uma expressão forte:
servir. Já parou para pensar que nossas empresas só
existem porque alguém precisa do que elas produzem?
As marcas estão sempre à serviço dos clientes. Estão
em posição de servos, satisfazendo desejos, aliviando
dores, reduzindo custos, proporcionando alegrias para
suas patroas e patrões.
Se uma propaganda não provoca nenhuma reação nas
pessoas, perdeu a razão de existir. Se ela não muda
percepções, não quebra barreiras, não convence
alguém a comprar algo, ela tem o mesmo valor que uma
nota de R$ 2 rasgada em pedacinhos. Literalmente, não
serve para nada. Agradar os clientes não é fácil.
Primeiro, porque implica em termos que descobrir o que
eles querem (e muitas vezes nem eles mesmos sabem).
Depois, passa por viabilizarmos uma solução melhor do
que as que já existem por aí. E ainda preciso arrumar
uma forma de eles conhecerem e experimentarem a
minha proposta. Na sede de completar essa maratona,
às vezes nos atrapalhamos. E o cliente reclama. Ele