Planeta ganhou 573 novos bilionários na pandemia, diz Oxfam
Banco Central do Brasil
Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Memória
terça-feira, 24 de maio de 2022
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A ONG Oxfam lançou nesta segunda (23), em Davos
(Suíça), seu tradicional relatório sobre desigualdade
global, no qual afirma que o mundo ganhou 573 novos
bilionários desde 2020, eque neste ano um bilionário
surge a cada 30 horas.
O dado representa desaceleração em relação ao de
janeiro, quando a Oxfam projetava um novo bilionário a
cada 26 horas.
O estudo 'Lucrando com a Dor', que examina o
crescimento das fortunas durante o auge da pandemia
do coronavírus, aponta ainda que a riqueza total dos 2.
668 bilionários existentes no planeta hoje equivale a 13,
9% do PIB global, uma fatia que é quase o triplo do que
era em 2000 (4, 4%) e soma US$ 12, 7 trilhões (cerca
de R$ 61 trilhões, ou 38 vezes o PIB do Brasil).
Durante a pandemia, os setores de energia, alimentos,
tecnologia e medicamentos foram os que mais
concentraram bilionários e empresas com altos lucros.
No topo da lista está Elon Musk, o dono da Tesla, que,
segundo a ONG, se manteria entre O 0, 0001% mais
rico mesmo que se desfizesse de 99% de seu
patrimônio, octuplicado em dois anos.
Nesse mesmo intervalo, alargaram-se os abismos de
renda entre ricos e pobres e entre homens e mulheres.
A Oxfam elabora o relatório com base na lista de
bilionários publicada pela revista Forbes, a qual exclui
dívidas do patrimônio, de 18 de março de 2021 a 11 de
março de 2022, e depois aplica sobre os dados de
2020, a base comparativa, a inflação ao consumidor dos
EUA.
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