Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-25)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Exame/Nacional - Primeiro Lugar
terça-feira, 24 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Fintech

metaverso, um mercado potencial de 8 trilhões de
dólares, na estimativa do banco Goldman Sachs.
“Queremos desmistificar o NFT, hoje visto como algo
ainda inacessível”, diz. “É uma coisa que desperta
curiosidade e, por ser um tema cada vez mais popular,
só temos de acreditar que mais gente vai comprá-la em
breve”, afirma. O interesse crescente das empresas
pelo tema também ajuda. Vide o caso da Reserva,
marca de roupas que lançou recentemente uma coleção
exclusivamente em NFTs. A popularização também
deve abrir novas frentes de receitas e de usos para os
tokens. Além das obras de arte, os tokens poderão ser
usados em roupas e acessórios, por exemplo. De olho
nisso, a startup deve lançar nos próximos meses uma
plataforma online para a venda de produtos físicos e
digitais ao mesmo tempo — essa é uma das prioridades
da diretora de operações Marina Perelló. Com tudo isso,
o Yaak estima faturar 3 milhões de reais em 2022 e o
dobro disso no ano que vem.


PAGAMENTOS - O carnê repaginado Em Amsterdã,
Pedro Noll viu uma maneira digital de oferecer o
crediário no varejo e trouxe a ideia para cá
Em uma viagem para Amsterdã, o empreendedor Pedro
Noll percebeu que o universo dos pagamentos na
Europa pouco lembrava o do Brasil. Por lá, empresas
estão acostumadas ao Buy Now Pay Later (BNPL), uma
espécie de crediário 100% digital. A ideia do BNPL é
permitir pagamentos a prazo, sem comprometer limites
ou exigir um cartão de crédito na compra. O método de
pagamento, no fim das contas, é um carnê mensal.
Parece coisa do passado, mas por trás da operação
está um aparato digital. De volta ao Brasil, Noll resolveu
adotar o crediário digital como forma de pagamento num
negócio aberto por ele havia pouco tempo, com a
finalidade de “plugar” fintechs e bancos a consumidores
interessados num empréstimo pessoal. No exterior,
fintechs como a sueca Klarna e a americana Affirm, de
um dos fundadores do PayPal, já adotavam o BNPL
como método para oferecer empréstimos a
compradores digitais. “Para nós foi como descobrir o
mapa de uma mina de ouro”, diz Noll. Por causa disso,
em 2018 Noll mudou tudo no negócio, a começar pelo
nome. Surgiu, então, a BoletoFlex, uma empresa de


tecnologia dedicada a ampliar a oferta de pagamentos
aceitos por pequenas e médias empresas — em geral,
adotando o BNPL. “Queríamos antecipar uma tendência
mesmo antes de ela ter um nome próprio no Brasil”, diz
Noll. O negócio demorou a pegar: o primeiro cliente, a
varejista online Mobly, chegou 12 meses depois da
adoção do crediário digital. Hoje, o portfólio da
BoletoFlex também inclui grandes empresas, como
CVC, Multilaser e Positivo. Em 2021, a BoletoFlex
faturou 30 milhões de reais. Em boa medida porque o
BNPL está em alta mundo afora. Atualmente, 2,1% das
transações do comércio eletrônico utilizam o crediário
digital — até 2025, o número deverá dobrar, segundo
pesquisa da consultoria Fintech Partners. Boa parte de
quem o adota agora faz parte da turma dos sem conta
bancária. A expectativa é de que essa forma de
pagamento vire um competidor dos cartões de crédito.

CLIENTES - Um jantar de milhões Numa viagem a
Zurique, Reginaldo Boeira viu o que faria a diferença na
franquia de redes de idiomas KNN, que faturou 150
milhões de reais em 2021
Antes de criar a rede de franquias de escolas de
idiomas KNN, a quinta maior do Brasil, com 564
unidades e receita da franqueadora de 150 milhões de
reais, Reginaldo Boeira quase desistiu de empreender
com uma escola de idiomas. Uma viagem ao exterior
fez ele mudar de ideia. Na virada dos anos 2000, Boeira
tinha uma pequena escola de inglês no interior de São
Paulo. Com menos de um ano de atividade e 150
estudantes, a escola crescia com a propaganda boca a
boca. Aí, Boeira percebeu algo errado: poucos alunos
alcançavam, de fato, a proficiência. Ciente de que isso
comprometeria a sustentabilidade do negócio, o
empreendedor resolveu fazer as malas e viajar o
mundo. A meta: pesquisar métodos eficientes de
aprendizado de idiomas. Boeira encontrou professores e
estudantes na América Latina, Estados Unidos, Ásia e
Europa. Porém, não foi em nenhuma escola ou instituto
de línguas que ele teve o insight de que precisava para
o diferencial da KNN. “Estava em Zurique e, num jantar,
encontrei uma romena que havia desenvolvido um
método específico para os romenos falarem inglês. Eu
pensei: ‘É isso! Não tem como um brasileiro aprender
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