Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-25)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Exame/Nacional - Primeiro Lugar
terça-feira, 24 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Fintech

PESSOAS - A clínica concierge Nos Estados Unidos, o
médico Raphael Brandão viu um negócio ao cuidar de
tudo na vida do paciente
O médico oncologista Raphael Brandão importou dos
Estados Unidos, onde morou por dois anos durante um
curso na Universidade Harvard, o modelo de clínica
concierge. Por trás desse tipo de assistência médica
está a meta de resolver qualquer problema do paciente
— seja qual for a moléstia. Assim nasceu a First, uma
clínica focada em medicina preditiva e preventiva. A
First visita internados, faz home care com telemedicina,
marca exames, monitora doentes crônicos e até ajuda
clientes em viagem a achar remédios. O pontapé inicial
foi treinar médicos no chamado “encantamento do
paciente”, uma variação da temática da “experiência do
cliente”, cada vez mais comum em departamentos de
marketing mundo afora. “A vendedora da Casas Bahia é
treinada para ganhar a confiança do cliente; o médico
tem de fazer isso também”, diz. “Gostamos de mimar o
paciente para cuidar dele da juventude à velhice”,
completa. Aberta em agosto de 2020, a First atendeu
2.500 pacientes e faturou 12 milhões de reais no ano
passado. Agora prepara a abertura da segunda unidade
— serão mais três até o fim do ano.


VENDAS - Mais do que só uma live Ao ver shows serem
pretexto para vendas online na China, Monique Lima
abriu a startup Mimo, que captou com Luciano Huck e
Sabrina Sato
Para a empreendedora Monique Lima, a onda das lives
no começo da pandemia demonstrava uma mudança na
interação entre marcas e consumidores. A dúvida era
como superar a fadiga do público com tanta tela. A
resposta, para ela, estava na China, terra do live
commerce, um formato de entretenimento online e ao
vivo com o pretexto de vender produtos ou serviços. Em
2021, 37% das vendas no comércio eletrônico chinês
vieram dessa forma, o suficiente para gerar receitas de
131 bilhões de dólares, segundo a consultoria
eMarketer. Dedicada a replicar a tendência por aqui, em
2020 Lima fundou a plataforma Mimo Live Sales ao lado
de Etienne Du Jardin. O teste para o negócio aconteceu
em uma loja virtual de sapatos da irmã de Lima, um
empreendimento precursor do live commerce. “Seja


pela quantidade de pessoas assistindo a uma live, seja
pelo engajamento, as marcas querem essa visibilidade”,
diz Lima. O negócio da Mimo hoje é desenvolver uma
tecnologia plugada ao site ou app dos clientes para
habilitar a transmissão ao vivo como um canal de
vendas. A Mimo também produz conteúdos online para
convencer lojistas a aderir à moda. Em três meses de
operação, a startup já havia conquistado clientes de
peso, como a varejista Imaginarium e o gigante de
cuidados pessoais Johnson & Johnson, além de um
aporte de 2,3 milhões de reais de investidores
convencidos do potencial do live commerce, entre eles
os apresentadores Luciano Huck e Sabrina Sato. No
ano passado, a Mimo captou mais 5 milhões de reais.
Ao que tudo indica, entreter os consumidores é o que
deve ditar os rumos do e-commerce daqui em diante.
No mundo, as vendas pelo comércio ao vivo podem
chegar a 20% das receitas totais do comércio eletrônico
até 2026, segundo a consultoria McKinsey. A projeção
alimenta o otimismo das sócias da Mimo. A startup não
revela valores de faturamento, mas diz estar em
crescimento. Para ter caixa para o que está por vir, as
sócias preparam nova rodada de investimento.
“Estamos na primeira curva de crescimento. Há muito a
fazer”, diz.

ESTRATÉGIA - Levain Bakery from Franca Rafael
Naves viu nos cookies da famosa padaria de Nova York
a receita para a Duckbill
Numa viagem a Nova York, o sucesso da Levain
Bakery, padaria americana conhecida por cookies
gigantes, surpreendeu o empreendedor Rafael Naves,
dono da rede de cafeterias Duckbill. “Minha esposa e eu
ficamos chocados com a fila dobrando o quarteirão,
mesmo no inverno”, diz. Naves só experimentaria os
famosos cookies da Levain Bakery meses depois,
quando a esposa viajou de novo aos Estados Unidos e
trouxe um deles na mala. Na época, o paulistano era
representante de calçados no interior de São Paulo,
mas tinha o sonho de abrir uma cafeteria. “Fiz um curso
de barista e me apaixonei. Mas sabia que precisava
encontrar um diferencial para o meu negócio dar certo”,
diz. Quando provou o cookie da Levain Bakery, não teve
dúvidas: abriria uma cookie shop. Em 2016, depois de
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