Amanda Graciano - Processos
Banco Central do Brasil
Jornal O Estado de S. Paulo/Nacional - Inovação - Ideias
& Empreendedorismo
quarta-feira, 25 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Colunistas
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Nos últimos anos, não foi incomum ouvir sobre
transformação digital, digitalização das empresas,
startups, 5G, inovação aberta e outras coisas.
Na prática, foi um momento para trazer os termos do
mundo da tecnologia para o dia a dia de todos os
negócios na maioria dos segmentos da economia.
Esse movimento nas empresas passou e passa por
alguns momentos. Vou ousar descrever algumas destas
fases aqui.
A primeira destas fases é a discussão. É preciso
conversar sobre o tema, quais as práticas e os
exemplos. Quais os motivos para uma empresa buscar
inovar ou iniciar uma jornada de transformação digital?
Quais os impactos diretos e indiretos nos negócios?
Essa fase é muito importante, pois é neste momento
que começa o estudo da empresa sobre o tema e o
olhar para os concorrentes muda. Existe ainda fomento
à curiosidade e é bem comum descobrirmos que existe
muita coisa acontecendo fora do radar, e que
deveríamos nos organizar para não nos perdermos nas
grandes novidades do mercado.
Um segundo momento é a fase do 'como'. Após
entender o mercado e o que está acontecendo, vem o
momento de identificar as implicações e motivos. É a
etapa de entender quais as melhores ferramentas,
formatos, e segmentos da economia.
É muitas vezes uma conversa sobre como começar e o
que está ao nosso alcance, bem como quais são os
bons parceiros para termos por perto. É momento de
falarmos de metas e de certa forma tangibilizar os
aprendizados da fase anterior de forma prática.
Nas empresas, a terceira fase é sobre executar e
adaptar os negócios para esse processo. E a adaptação
é feita em todos os sentidos, pois acesso e
conectividade podem não ser realidade das nossas
empresas e, aí, é preciso trabalhar para viabilizar os
processos independentemente do departamento. A
cultura da organização pode não estar preparada e,
nesse sentido, teremos de criar um ambiente mais
propício para conversa e execução.
Existe um quarto movimento que, na prática, é criar uma
rotina de incluir na estratégia da empresa um olhar para
a inovação e para os objetivos de transformação
implícitos aos negócios e à economia. É quase como ter
todas essas fases executadas como parte crucial e
importante para a sobrevivência nesse mercado cheio
de mudanças.
Na minha experiência profissional, a inovação é um
elemento de execução. A discussão teórica é
superimportante, mas não é o elemento principal deste
movimento. e
A implementação de tecnologia na rotina dos negócios
passa por quatro fases distintas
COLUNISTAS