Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-25)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Jornal O Estado de S. Paulo/Nacional - Metrópole
quarta-feira, 25 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Ipea

Federais de Ensino Superior (Andifes), de 2018, indica
que 70,2% dos alunos estão na faixa de renda mensal
familiar per capita de 1,5 salário mínimo. Alunos que
cursaram ensino médio em escolas públicas foram
maioria (64,7%) - e os que cursaram em particulares
representaram 35,3%.


REAÇÃO. Nas redes sociais, entidades como a União
Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação
Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) criticaram a
proposta. 'Nós não vamos pagar nada! Uma educação
pública, gratuita e de qualidade é direito assegurado
pela nossa Constituição!', escreveu a UNE nas redes
sociais. A postagem mobilizou influen-cers, incluindo a
cantora Anit-ta, contrária ao projeto.


Relator da proposta, Kataguiri votou a favor da proposta
e considera a repercussão da PEC 'excelente'. 'Quanto
mais debatido for esse projeto, melhor. Mesmo porque
ainda tem 40 reuniões de comissão especial se for
aprovado', disse o deputado.


Ele afirmou também que ainda precisa sentir o clima do
plenário para saber se o projeto pode avançar mesmo
em ano eleitoral. E disse acreditar que a cobrança de
mensalidade de alguns alunos não seja 'retrocesso'.
'Pelo contrário, trata-se de prestigiar a regra geral de
igualdade - esta, sim, cláusula pétrea.'?


Especialistas divergem sobre adoção da cobrança


Presidente da associação de reitores das instituições
federais, a Andifes, Marcus Vinícius David diz que a
proposta se baseia em 'tese ultrapassada' de que as
universidades públicas são ocupadas apenas por
segmentos sociais de maior renda. Reitor da Federal de
Juiz de Fora (UFJF), ele avalia que a mensalidade,
mesmo que para alunos mais abastados, eliti-zaria as
instituições. 'A educação superior de qualidade é muito
cara. Se estabelecer os custos, colocaremos valores
inacessíveis para a classe média', pondera.


Já o professor do Insper, Sérgio Firpo, é favorável à
mensalidade para os mais ricos desde que 'ajude na
distribuição de gastos', com benefício aos mais pobres.


Firpo destaca que o modelo de financiamento já é
usado em outros países, como os EUA. 'Público não é
igual à gratuito', diz. 'Havendo gente que possa pagar
não há razão para não cobrar, dado que é algo que
você se beneficia privadamente também.' Já Paulo
Meyer Nascimento, pesquisador do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é contrário à
mensalidade. Ele defende cobrar sobre a renda futura,
como é na Austrália, segundo ele. O valor a ser cobrado
seria moldado conforme o desempenho do profissional
no mercado de trabalho.?

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Banco Mundial, Banco Central - Perfil 1 - Ipea
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