Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-25)

(Antfer) #1
Petrolífera está protegida contra interferência na política de preços,
segundo analistas

Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quarta-feira, 25 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Nicola Pamplona e Lucas Bombana


RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO - AS primeiras
reações nas Bolsas à nova troca no comando da
Petrobras foram negativas, mas analistas e gestoras
brasileiros ainda apostam que a estatal está protegida
contra interferências em sua política de preços, alvo de
críticas do governo Jair Bolsonaro.


A demissão de José Mauro Coelho com apenas 40 dias
no cargo levantou novas críticas a respeito de possível
ingerência na gestão da empresa e, no governo, a
expectativa é que algum tipo de trava seja criada para
segurar repasses.


Para analistas dos bancos UBS BB e Goldman Sachs,
porém, o curto mandato de seu substituto, Caio Paes de
Andrade, e os riscos de responsabilização por eventuais
mudanças que prejudiquem a estatal podem conter o
ímpeto por interferências.


'Não esperamos mudanças na política de preços ou na


estratégia da Petrobras', escreveram os analistas do
UBS BB Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso
Vasconcellos, que veem a troca como uma sinalização
do governo para demonstrar preocupação coma alta de
preços.

'Acurto prazo, o estatuto da Petrobras e alei brasileira
reduzem a possibilidade de intervenções', acrescentam
os analistas do Goldman Sachs, Bruno Amorim, João
Frizo e Guilherme Costa Martins.

Os dois bancos mantêm recomendação de compra de
ações da companhia, baseada na expectativa de
distribuição de elevados dividendos. A retornar aos seus
acionistas R$101 bilhões pelo desempenho de 2021, a
Petrobras entrou na lista das empresas conhecidas pelo
mercado como 'vacas leiteiras'.

Waldir Morgado, sócio Nexgen Capital, também mantém
a recomendação, acreditando no pagamento de fartos
dividendos no ano. E ressalta que O governo já
promoveu três trocas no comando da estatal sem que
houvesse mudança na política de paridade com as
cotações internacionais.

Ele acredita que os preços dos combustíveis
continuarão seguindo o mercado internacional, mas
podem ter reajustes mais espaçados, estratégia que já
vinha sendo adotada informalmente pelos dois
antecessores de Paes de Andrade.

A gasolina, por exemplo, já não é reajustada há mais de
70 dias e tem hoje defasagem média de R$ 00, 10 por
litro em relação ao preço de paridade de importação. A
diferença já foi maior, mas recuou com a valorização do
real frente ao dólar nos últimos dias.

Na avaliação de Morgado, por outro lado, a indicação de
um nome próximo aos ministros da Economia, Paulo
Guedes, e de Minas e Energia, Adolfo Sachsida,
poderia acelerar os estudos pela privatização da estatal,
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