Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-26)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quinta-feira, 26 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

privatização da companhia durante a sua tramitação no
Congresso.


O texto final prevê que a Eletrobras compre 8. 000 MW
(megawatts) de térmicas a serem instaladas nas regiões
Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Esses projetos vão
custar de R$2, 4 bilhões a R$ 27, 8 bilhões por ano até
2030, segundo estimativas da Abrace (Associação dos
Grandes Consumidores Industriais de Energia e de
Consumidores Livres).


'A privatização de uma estatal como a Eletrobras faz
todo o sentido neste momento, pois o capital privado
tende a torná-la mais competitiva quando o setor vive
uma grande transformação, rumo a energias mais
limpas', diz Pessôa, que também é colunista da Folha.


'Não podemos dizer o mesmo das térmicas a gás,
poluentes e incluídas só para atender lobby privado,
com efeitos sobre a tarifa de energia'.


Essas térmicas vão exigir a construção de linhas de
transmissão e uma rede de gasodutos para levar o gás
do litoral ao interior. A rede de dutos alimenta embates
no Congresso, pois há expectativa de que seja bancada
com verba pública.


Pessôa acredita que seria mais racional trabalhar por
uma revisão que extinguisse esses custos adicionais.


Medida nesse sentido também é defendida pelo
economista Nelson Barbosa, ex-ministro de Fazenda e
de Planejamento de governos petistas. 'É certo que
vamos ter aumento na conta de luz se não revirem essa
bolsa-gás', diz ele, que é colunista da Folha.


Ele acompanhou estudos sobre a privatização das
últimas distribuidoras da Eletrobras, empresas
deficitárias que prejudicavam a companhia. Asseis
empresas foram a leilão na Bolsa em 2018, na
administração do presidente Michel Temer (MDB),
abrindo caminho para a venda da estatal, que já estava
em estudos.


Outro efeito colateral no radar de Barbosa é a chamada


descotização, que, na prática, significa mudança na for
made comercializar a energia.

Hoje existem cotas para o mercado regulado -que
abastece a maioria das residências e parte das
pequenas e médias empresas. Ali, o reajuste segue
regras e é monitorado. A privatização fixa um
cronograma para que as cotas sejam desfeitas e a
energia seja vendida no mercado livre -onde o preço se
baseia na relação entre oferta e demanda.

'Quando a oferta for abundante, todo o mundo vai ficar
feliz, mas e quando houver restrição? Dada a situação
climática, o risco determos falta de água nas usinas e
aumento no preço da energia é muito alto', diz Barbosa.
'O governo tinha pressa em vender para fazer caixa,
acelerou o processo sem estabelecer contrapartidas e
metas para reduzir esse risco para o consumidor final. '

O candidato a presidente do PT, Luiz Inácio Lula da
Silva tem dito que pode rever a privatização da
Eletrobras caso seja eleito. O senador Jean Paul Prates
(PT-RN), que acompanha a construção do programa de
governo petista na área de energia, confirma a
discussão.

'Qualquer governo pode recomprar uma estatal se fizer
sentido de política pública, como qualquer grande
empresário pode rever a direção de negócios', diz
Prates.

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