Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-27)

(Antfer) #1

Bolsonaro: reajuste deve ser de 5%, sem extra para policiais


Banco Central do Brasil

Jornal O Globo/Nacional - Economia
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Reforma da Previdência

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Autor: ALICE CRAVO E GERALDA DOCA


O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que
'acendeu a luz vermelha' com as despesas do governo
e que a 'tendência' era dar um reajuste de 5% para
todos os servidores. O presidente tentava dar um
aumento específico para a Polícia Federal e para o
Departamento Penitenciário Nacional (Depen), mas
citava dificuldade de negociação com outros setores: -
O que foi feito lá atrás foi uma proposta de reajuste um
pouco maior para os policiais. Houve reação dos demais
setores do servidor público. Hoje em dia, o que está na
mesa é 5% para todo mundo. Agravou-se mais um
problema agora, nas despesas obrigatórias acendeu a
luz vermelha.


O presidente disse também que para a PRF a ideia era
dar 'isonomia ao topo dos agentes da PF' e um reajuste
'um pouco maior, nada além disso'. - Houve críticas,
ameaça de greve de outros setores, mais variados
possíveis. Eu apelo aos servidores, reconheço o
trabalho de vocês, mas a greve não vai ter solução,
porque não tem dinheiro no Orçamento. Eu sou o
primeiro presidente a ter teto (de gastos, regra que


limite expansão da despesa à inflação) no Orçamento.
Outros não tinham, poderiam reajustar, eu não posso. O
presidente voltou a falar que, somando o custo do
reajuste de 5% com as despesas do governo, seria
preciso fazer um corte de R$ 17 bilhões em outras
despesas: - Daí você fala em cortar. Seria R$ 17 (bi),
somando com os 5%. Não posso dar um corte linear.
Tem ministério que tem programas estratégicos. Eu não
posso, por exemplo, diminuir alguns programas da
Defesa que são enquadrados como tal. Vou cortar onde:
Saúde e Educação? Mas, num gesto para agradar
servidores, o governo reabriu o prazo para que eles
possam migrar para o fundo de pensão, a Fundação de
Previdência Complementar do Servidor Público Federal
(Funpresp). A medida agrada aos funcionários públicos
porque a Reforma da Previdência, de 2019, tornou as
regras da aposentadoria mais duras.

PLEITO DO FUNCIONALISMO

O novo prazo termina em 30 de novembro deste ano,
segundo uma medida provisória publicada ontem no
Diário Oficial da União. Estima-se que 290 mil
servidores federais atendem aos requisitos exigidos
para a mudança de regime.

A última data para a migração foi em 29 de março de


  1. Quem não fez a opção apostou que não seria
    afetado pelas mudanças nas regras da aposentadoria.


Esse era um pleito da categoria. Desde que a Funpresp
foi criada, em 2013, houve três oportunidades de
migração para o novo regime. Essa é a quarta. Ao todo,
18 mil servidores aderiram, segundo dados oficiais. A
expectativa é que agora haverá maior interesse. A
reabertura do prazo foi proposta pelo Ministério da
Economia, segundo técnicos do governo. No curto
prazo, a União perderá arrecadação com a nova
migração, mas isso pode ser compensado no futuro,
pois haverá teto para a aposentadoria. Quem faz a
opção recebe um benefício equivalente ao teto do
Regime Geral de Previdência (INSS), hoje em R$ 7.
087, 22, e um valor complementar, que vai depender do
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