Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-27)

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Banco Central do Brasil

Jornal O Globo/Nacional - Política
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais
Nacionais

Desde então, Lula tem viajado pelo país e, na semana
passada, se casou em São Paulo com a socióloga
Rosângela Silva, a Janja, em evento de grande
repercussão nas redes sociais.


Sintoma da maior exposição do petista é seu
crescimento para bem além da margem de erro na
pesquisa espontânea, quando os eleitores dizem em
quem pretendem votar sem serem apresentados a uma
lista de candidatos. O ex-presidente cresceu oito pontos
percentuais desde março.


O desempenho de Lula na pesquisa foi visto pela
précampanha petista em parte como resultado da
estratégia de comunicação adotada pela legenda. No
início do mês, o deputado federal Rui Falcão (SP), ex-
presidente do PT, e o prefeito de Araraquara, Edinho
Silva, assumiram a coordenação da comunicação da
campanha em substituição ao exministro Franklin
Martins, que foi afastado após divergências com o
partido. O marqueteiro Augusto Fonseca também foi
substituído por Sidônio Palmeira.


A diferença de 21 pontos percentuais para Bolsonaro é
fruto, dizem pessoas ligadas à pré-campanha, da
comparação entre os governos do atual presidente e do
petista, especialmente os índices econômicos e de
emprego.


TEBET: 'NATURALIDADE' O entendimento é que Lula
também tem conseguido manter a discussão em cima
dos temas econômicos que afetam diretamente a vida
da população e evitado as 'cortinas de fumaça' lançadas
pelo adversário.


Os petistas acreditam que conseguiram bom
engajamento nas redes, principalmente com o discurso
feito pelo ex-governador Geraldo Alckmin(PSB),
indicado vice de Lula, no ato do começo do mês. A
aliança com Alckmin, egresso do PSDB, tem o objetivo
de ampliar a candidatura de Lula, atraindo eleitores de
centro.


Do lado bolsonarista, o entorno do presidente tentou
minimizar o levantamento. Aliados do Planalto e


apoiadores tentaram emplacar nas redes sociais uma
narrativa de desacreditar os números do Datafolha, a
exemplo do que o próprio presidente costuma fazer
quando se refere a pesquisas de intenção de votos.

Já a senadora Simone Tebet disse ao GLOBO que
recebeu o resultado da pesquisa Datafolha com
'naturalidade' e voltou a citar o eleitorado feminino como
decisivo na eleição. Após a desistência de Doria, ela
passou a conviver com a pressão de subir, e rápido, nas
pesquisas.


  • Recebo com naturalidade a pesquisa. Nossa
    caminhada só está começando. Vamos levar nossa
    mensagem para que mais gente conheça nosso
    trabalho e trajetória e acredite nas nossas propostas. O
    Brasil precisa ser cuidado com carinho e amor
    verdadeiros. As mulheres vão ser decisivas -afirmou
    Tebet.


Integrantes da pré-campanha da emedebista disseram
que os 2% de intenção de voto da senadora estão
'dentro do esperado'. Esses auxiliares justificam que ela
depende do início da campanha e das inserções na
televisão para se tornar conhecida e angariar votos, ao
contrário de Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes, que já
disputaram outras eleições. Nesta semana, o aumento
nas buscas do Google pelo nome de Tebet foi
comemorado por emedebistas, que enxergam um
'despertar' de interesse na pré-candidata da terceira via.

Em terceiro lugar no Datafolha, com 7%, Ciro Gomes
tem sido alvo de investidas do PT, que ainda nutre a
esperança de atrair o PDT para o arco de alianças de
Lula. O próprio ex-presidente vem atuando nesse
sentido e tem telefonado para o presidente do PDT,
Carlos Lupi, na tentativa de manter a porta aberta entre
as duas legendas de esquerda.

Ciro, no entanto, tem insistido na estratégia de de
marcar distância do PT. Comisso, ele tem aumentado
seu isolamento no PDT, que está aberto a alianças com
petistas nos estados. A tendência é que o PDT
mantenha Ciro no páreo, mas abra espaço para
alianças com o partido de Lula no nível regional.
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