Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-27)

(Antfer) #1

ANS dá aumento para planos de 15,5%, o maior desde 2000


Banco Central do Brasil

Jornal O Estado de S. Paulo/Nacional - Saúde
sexta-feira, 27 de maio de 2022
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Autor: JULIA AFFONSO


Com o aval do Ministério da Economia, a Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou ontem
um reajuste de até 15,5% no valor dos planos
individuais e familiares. O argumento é de que houve
aumento das despesas de operadoras com
procedimentos eletivos (não urgentes) em 2021. O
reajuste, o maior da série histórica iniciada em 2000, foi
aprovado em reunião da diretoria colegiada na tarde
desta quinta por 4 votos a 1.


'O trabalho da agência, a gente foca, acima de tudo, na
sustentabilidade do setor, pensando obviamente no
melhor para o consumidor, na estabilidade das relações.
A viabilidade da manutenção do setor para dar
continuidade, entregando às famílias as coberturas as-
sistenciais contratadas', disse o diretor-presidente Paulo
Re-bello durante a reunião.


QUEM VAI PAGAR. Um total de 8 milhões de
beneficiários devem ser afetados. O reajuste vale para o
período de i.° de maio de 2022 a 30 de abril de 2023.
Para planos individuais e familiares, o aumento no valor


depende dessa autorização prévia da ANS.

No ano passado, a agência aplicou um reajuste
negativo de 8,19% para o período de maio de 2021 a
abril de 2022. As operadoras não puderam cobrar
índices maiores que o definido, mas, sim, aplicar índices
menores. Ajustificativa, na época, foi a queda das
despesas assistenciais no ano de 2020 provocada pela
covid-19.

O cálculo do reajuste da ANS teve a concordância do
Ministério da Economia. Em ofício à ANS, uma equipe
da pasta afirmou que o aumento deve ser 'avaliado à luz
dos recentes acontecimentos advindos da pandemia de
covid-19, que afetou drasticamente o setor de saúde
suplementar'.

'Se por um lado a demanda por tais serviços caiu
consideravelmente em 2020, reduzindo os custos das
operadoras naquele ano, por outro a demanda reprimida
em 2020 foi bastante sentida em 2021, com um
considerável crescimento no uso dos serviços dos
prestadores de saúde pelos beneficiários, gerando uma
elevação nos custos das operadoras, que por sua vez
vinham de uma redução nos seus preços desde maio de
2021, além de um congelamento nos preços por oito
meses em 2020', apontou a equipe.

A agência só define o valor do reajuste dos planos
individuais ou familiares. E não há limite de reajuste aos
planos coletivos empresariais nem aos coletivos por
adesão. O valor do aumento para esses casos é
negociado entre as empresas e as operadoras de
saúde. A Associação Brasileira de Planos de Saúde
(Abramge) diz que o setor foi o único do País em que o
reajuste em 2021 foi negativo. A entidade defende que,
considerando o período 2021/2022, 'os planos de saúde
tiveram um aumento médio anual de cerca de 2,98%, o
que é um dos menores da história dos planos de saúde
individuais e familiares'. E exemplifica: 'o beneficiário
que pagava R$ 100 para o plano de saúde em
dezembro de 2020 pagaria agora, após dois anos, o
valor de R$ 106,04, já que a mensalidade foi reduzida
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