os faróis espichados que invadem os
para-lamas, o teto estilo flutuante e,
principalmente, as lanternas trasei-
ras em forma de gancho invertido
reforçam tal sensação.
Arriscar-se a mudar tão radical-
mente assim o desenho de um dos
carros que mais caíram no gosto do
consumidor brasileiro talvez tenha
sido uma forma de reforçar que, para
a Hyundai, trata-se de uma troca de
geração, e não apenas de um facelift.
Mesmo que a plataforma PB tenha
sido mantida, junto com elementos
estruturais como colunas A e B, pa-
ra-brisa e portas laterais dianteiras.
Também permaneceram o motor
três-cilindros 1.0 flex naturalmente
aspirado de 80 cv e o câmbio manual
de cinco marchas nas versões de en-
trada, assim como o propulsor qua-
tro-cilindros 1.6 aliado a caixa manu-
al (agora com relações mais curtas) ou
automática de seis marchas. A dife-
rença é que este último ganhou duplo
comando variável de válvulas e 2 cv
de potência, indo aos mesmos 130 cv
gerados pelo Creta 1.6.
Mas há, claro, novidades do HB20
que vão além do polêmico visual. Em
dimensões, por exemplo, o compacto
cresceu para 3,94 metros de compri-
mento (+2 cm), 1,72 m de largura (+4
cm) e 2,53 m de entre-eixos (+3 cm).
Só a altura foi mantida em 1,47 metro,
assim como o bom vão livre do solo
de 16 cm e o volume do porta-malas
do hatch, 300 litros. No sedã, o baga-
geiro cresceu 25 litros, para 475 litros.
O maior destaque certamente está
na renovação do propulsor Kappa 1.0
turbo. O tricilindro enfim ganhou
injeção direta, além de sensor de eta-
nol para otimizar a queima de acordo
com o combustível. Com isso, subiu
de 105 para 120 cv e de 15 para 17,5
mkgf. Apesar da evolução e dos dados
de potência e torque superiores aos do
novo Chevrolet Onix, os números ofi-
ciais de aceleração ficaram abaixo do
rival: 10,7 segundos no 0 a 100 km/h
contra 9,7 s anunciados pela GM para
seu compacto e 9,5 s declarados pela
VW para o Polo. Também o consumo
no programa de etiquetagem veicular
do Inmetro não foi dos mais eficien-
tes, apesar de ainda ter garantido
nota A para o modelo no geral: 12,2
e 13,9 km/l usando gasolina, e 8,6 e
10,3 km/l com etanol, nos respectivos
Lanternas em forma de gancho são a solução estética mais polêmica – e não trazem led nem na versão mais cara. Rodas
têm acabamento diamantado, e coluna C recebeu aplique semelhante ao do Nissan Kicks para criar efeito de teto flutuante
Hatch está mais
comprido e largo,
mas altura é a
mesma de antes
impressões ao dirigir | NOVO HB20
30 quatro rodas outubro