HB20 traz elementos marrons no painel, acompanhado por bancos de couro em tom similar com costuras e faixas azuis na
versão Diamond Plus. Espaço para pernas na fileira traseira melhorou, mas porta-malas segue com 300 litros de volume
Câmera da
frenagem
autônoma fica
no para-brisa
ciclos cidade e estrada quando equi-
pado com sistema start-stop.
Rodamos por cerca de 50 km com
a versão de topo, Diamond Plus, da
configuração hatchback, passando
por trechos rodoviários e urbanos, e
constatamos que, na prática, o de-
sempenho do novo HB20 turbo é forte
o suficiente para proporcionar boas
acelerações e retomadas na cidade.
Na estrada, o conjunto com câmbio
automático também se vira bem,
apesar de não oferecer respostas tão
diretas aos comandos no acelerador.
Ao menos permite manobras de ul-
trapassagem sem sufoco. As suspen-
sões, recalibradas, estão muito menos
molengas, mesmo ainda permitindo
que a carroceria pendule mais do que
o desejado nas curvas. E a direção fi-
cou mais leve e precisa ao adotar as-
sistência elétrica progressiva no lugar
da hidráulica nas versões civic – o
HB20X já contava com esse item.
A questão é que o uso da mesma
plataforma limitou o potencial di-
nâmico. A velocidades um pouco
mais altas, a impressão é de estar
num carro que flutua, sensação que
o novo Onix não passa. E o aumento
de 17% para 30% no uso de aços de
alta resistência não foi eficiente para
evitar que se sinta o chassi torcendo
nas curvas mais fortes. Há ainda o alto
nível de ruído interno e vibrações do
motor, bem aquém do que as con-
correntes com motor três-cilindros
turbo já alcançaram em tempos atu-
ais. É claro que será preciso esperar a
Hyundai liberar o modelo para teste
em pista a fim de traduzir boa parte
dessas impressões em números.
Agora, quando se fala em con-
forto e acabamento, o HB20 ainda se
mostra um passo à frente dos rivais.
É exemplar a qualidade do encaixe
das peças e dos materiais dos reves-
timentos. O painel ficou mais ele-
gante e horizontalizado, e traz uma
central multimídia flutuante de 8
polegadas muito bem integrada. O
desenho do volante, similar ao do
Creta, também agrada, bem como as
réguas de botões e as roldanas do ar-
-condicionado, com direito a uma cha-
mativa tela digital circular ao centro.
O ganho de entre-eixos deixou o
espaço para pernas interessantemen-
te maior, mas adultos mais altos ainda
podem se sentir um pouco claustrofó-
outubro quatro rodas 31