impressões ao dirigir | NOVO HB20
A elegância da régua para mexer em start-stop, alerta de faixa, ESP e frenagem autônoma, e também do ar com tela central
digital, contrasta com o quadro de instrumentos digital monocromático de aspecto antigo, lembrando o primeiro Onix
bicos em relação a ombros e cabeça. O
couro dos bancos é marrom no HB20
hatch, e as posições dianteiras trazem
encosto de cabeça independente,
uma solução mais ergonômica (em-
bora o encosto, em si, tenha folgas no
encaixe) para passageiros de qualquer
estatura. Ainda sobre os bancos, estes
enfim ganharam ajuste de altura in-
tegral por alavanca, e são compridos
o suficiente para não deixar parte das
pernas sem ter onde encostar, coisa
que falta no Onix. Até a forração do
porta-malas agrada, pois cobre o
compartimento de maneira decente.
A segunda geração do compacto
também surpreende positivamente
pelo nível tecnológico a bordo, mui-
to embora a gama do novo HB20 seja
pouco democrática e reserve todas as
assistências para a versão Diamond
Plus. Mas não há como reclamar de
um hatch compacto que tem frena-
gem autônoma de emergência (tes-
tada pela nossa reportagem e que
operou muito bem em situações a
até 50 km/h; de acordo com o fabri-
cante, o sistema é capaz de funcionar
a até 60 km/h), alerta de mudança
involuntária de faixa (por meio de
dois apitos, sem atuação no volante)
e controles de estabilidade e tração
com assistente de partida em rampas.
O encanto diminui quando vemos
que, para trazer tudo isso, o HB20
Diamond Plus hatch cobra R$ 77.990,
mesmo preço do Onix Plus (que é
um sedã) completo. Pela pintura pe-
rolizada de lançamento, vermelho
Magic, são mais R$ 950. Quem não
quiser pagar tanto precisa saber que
nenhuma versão abaixo da Diamond
possui airbags laterais de tórax, e que
apenas as configurações com câmbio
automático contam com controle de
estabilidade e tração.
Enfim, o Hyundai HB20 mudou de
maneira substancial e para melhor
em vários aspectos. Está à frente dos
rivais em alguns pontos, emparelha-
do com eles em outros e um pouco
para trás em outros tantos. Só que não
é o motor turbo nem a frenagem autô-
noma nem os cinco anos de garantia
ou o acabamento primoroso que de-
vem fazer a segunda geração do com-
pacto chamar a atenção. Muito prova-
velmente será o visual controverso. Se
era isso que a Hyundai queria, conse-
guiu. Agora, se a repercussão nas ruas
for similar àquela vista na internet, é
bom o fabricante já ir pensando com
muito carinho no facelift.
32 quatro rodas outubro
Hatch cresceu
2 cm em
comprimento e
4 cm em largura