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oi por mera coincidência que
eu e o editor de arte/fotógrafo
Fernando Pires chegamos ao
autódromo de Interlagos, em São
Paulo (SP), de modo sincrônico a
Chico Serra. O tricampeão de 1999,
2000 e 2001 da Stock Car ainda nem
nos conhecia, mas nós o reconhe-
cemos subindo a ladeira que leva
do estacionamento aos boxes logo à
nossa frente. Sobre o ombro direito,
as alças de uma mala de mão branca,
onde ele armazenara seu macacão.
Serra caminhava a passos tran-
quilos rumo ao posto da equipe
Eurofarma RC – administrada por
Rosinei Campos, o Meinha –, onde o
filho e atual bicampeão do certame,
Daniel, já se encontrava. Era o início
dos preparativos para a Corrida do
Milhão, etapa mais importante de
uma temporada em que a principal
categoria do automobilismo brasi-
leiro completa 40 anos de vida.
Serra, o filho, precisava se con-
centrar na luta pela vitória e na de-
fesa da liderança no campeonato.
Ainda assim, topou dedicar algum
tempo do fim de semana para aceitar
um desafio proposto por QUATRO
RODAS: dar algumas voltinhas ao
lado do pai acelerando os dois carros
mais icônicos das quatro décadas de
Stock Car: o de 2019, que utiliza uma
bolha do Chevrolet Cruze, e o velho
Opala que deu origem a tudo.
Para tornar a ação mais inte-
ressante, sugerimos uma inversão:
Chico conduziria o Stock #29 do fi-
lho, enquanto a Daniel caberia guiar
o Opala #6 da Old Stock Race, com-
petição que homenageia as origens
da Stock Car com Opalas originais
preparados (e que preparação!).
Para Serra pai, nenhuma novi-
dade, visto que o veterano chegou a
pilotar a bolha fornecida pela JL em
seus últimos anos de Stock. Já Serra
Pai e filho colocaram
lado a lado o Opala da
Old Stock e o “Cruze”
da atual Stock Car