outubro quatro rodas 55
Acima, carros com traseira tampada para não revelar segredos aerodinâmicos. Abaixo,
Chico e Daniel Serra contam à QUATRO RODAS o que mudou em 40 anos de Stock Car
Opalão deu início
à maior categoria
do automobilismo
brasileiro em 1979
para facilitar a entrada e a saída do
piloto) são vedadas por um composto
de policarbonato que lembra acrílico.
Os freios usam disco ventilados
nas quatro rodas. Com todas es-
sas especificações, o Opalão da Old
Stock pesa 1.200 kg e vira na casa de
1min58s no traçado de 4.309 metros
de extensão de Interlagos.
CRUze COm ReSQUíCiOS De CAmARO
Já o chassi tubular atual da Stock é
fabricado pela JL. Pesa 1.325 kg em
ordem de marcha, incluindo piloto a
bordo. Sua estrutura tubular é com-
posta de treliças de molibdênio e
chapas de alumínio, enquanto a care-
nagem é de fibra de vidro. E se faróis e
grade dianteira são meros decalques,
as lanternas traseiras funcionam de
verdade. As suspensões são indepen-
dentes com braços duplo A nos dois
eixos. Os freios, a disco ventilado e
perfurado, contêm pinças de seis pis-
tões na dianteira e quatro na traseira.
As rodas, 305/660 R18, são vestidas
por pneus Pirelli PZero.
O motor, desde 2010, é um V8
naturalmente aspirado de 6,8 litros
desenvolvido pela preparadora ame-
ricana Mast. Ele aproveita o bloco de
alumínio da família GM LS3, o mes-
mo utilizado pelo Camaro SS de pe-
núltima geração. Já o cabeçote vem
da linhagem LS7, que faz parte do
antigo Corvette C5R. Assim como o
Opalão da Old Stock, o combustível
usado no tanque é etanol.
Com a abertura da borboleta do
acelerador sempre restrita a 60% ou
70%, a potência do atual Stock fica
na casa de 450 cv em um circuito
tipo Interlagos, saltando para 500
cv quando acionado o botão de ul-
trapassagem. O torque passa de 70
mkgf e a caixa de câmbio, fornecida
pela XTrac (mesma fornecedora da
Fórmula Indy), é automatizada de
seis marchas com dupla embreagem,
sendo as trocas realizadas pelo piloto
através de borboletas no volante.