Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-28)

(Antfer) #1

Avanço de Lula reflete vontade do eleitor de decidir no 1º turno


Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Política
sábado, 28 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Reforma trabalhista

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Autor: Julia Chaib e Bruno Boghossian


BRASÍLIA A presidente do PT, deputada Gleisi
Hoffmann, avalia que o resultado da pesquisa Datafolha
divulgado nesta quinta-feira (26) indica que o eleitor
quer 'antecipar o resultado' da disputa pelo Palácio do
Planalto para o primeiro turno.


O levantamento mostrou que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) tem 48% das intenções de voto,
contra 27% de Jair Bolsonaro (PL).


Para Gleisi, a melhora nos índices de Lula na pesquisa
tem relação com a piora na economia e com a alta de
preços. 'As pessoas querem decidir logo, porque isso
tem a ver com a vida delas. '


Em entrevista à Folha, a deputada diz que vai insistir na
ampliação de um leque de alianças e atrair setores do
PSD e do MDB. Ela nega a existência, porém, de
qualquer ofensiva sobre Ciro Gomes (PDT).


Questionada sobre as críticas de Ciro a Lula, ela afirma
que as declarações têm servido de munição para


apoiadores de Bolsonaro.

A parlamentar minimiza eventuais equívocos cometidos
por Lula nos últimos meses, mas indica que temas
ligados à agenda conservadora, como o aborto, podem
ser evitados na campanha.

Como a campanha interpreta o crescimento de Lula? À
pesquisa mostra que Lula é cada vez mais a esperança
diante do desemprego, da fome, do custo de vida, dos
problemas reais que Bolsonaro ignora. Ele tergiversa e
coloca outra pauta que não tem interesse para o povo.
Mas temos que ter muito pé no chão. Sei que a
militância fica empolgada, mas temos que seguir em
frente com a linha que Lula está dando.

A sra. trabalha com a perspectiva de vitória em primeiro
turno? O eleitor está querendo antecipar o resultado. As
pessoas querem decidir logo, porque isso tem a ver com
a vida delas. Nós tivemos um estudo que mostra uma
consolidação muito grande de votos, de mais de 70%
tanto em Lula como em Bolsonaro. Mostra uma vontade
do eleitor de decidir logo. É uma eleição polarizada, são
dois campos distintos, e as pessoas querem resolver.

Um cenário de antecipação de votos favorece alguma
aproximação com o PDT? Eu não tenho conversado
com o [presidente do PDT, Carlos] Lugi, até em respeito
à decisão do PDT de ter candidatura. Não tem pressão
nossa sobre Ciro Gomes. Nunca teve, isso não é uma
diretriz da campanha. Nós mostramos disposição de
conversar. Eles não têm disposição, e nós respeitamos.

Ciro argumentou que a saída dele aumentaria a
polarização e ajudaria Bolsonaro. E setores do PT
acreditam que a permanência dele, com as críticas a
Lula, favorece Bolsonaro. Com qual visão a sra.
concorda? A polarização está dada. Não é o Ciro que
define a polarização. É o que o eleitorado está sentindo,
está vendo dois campos nítidos. Sobre [Ciro] ser linha
auxiliar do Bolsonaro, nós nunca falamos isso. Agora,
que a militância do Bolsonaro tem utilizado o Ciro para
tentar atingir o Lula, isso tem.
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