Clipping Revistas - Banco Central (2022-05-28)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Veja/Nacional - Capa
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Reforma trabalhista

Clique aqui para abrir a imagem

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Reynaldo Turollo Jr., Diogo Magri, Tulio Kruse


Simone Tebet (MDB) resiste aos percalços enfrentados
pela terceira via e, após a desistência de Doria, deve
encabeçar a chapa que tentará romper a polarização
entre Lula e Bolsonaro


Tem sido bastante tortuoso o caminho do centro político
na tentativa de romper a polarização entre Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). A trajetória
começou congestionada, o que já indicava uma
dificuldade de unificação. Aos poucos, seja pela falta de
consenso, seja pelos impasses que foram se
apresentando, vários nomes abandonaram a pretensão,
como o apresentador Luciano Huck e os ex-ministros
Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro. O último a
deixar o barco foi o ex-governador paulista João Doria
(PSDB). Agora, as atenções desse grupo naquela que
pode ser a derradeira tentativa de vencer os obstáculos
para viabilizar a terceira via recaem sobre uma
candidata que tem 2% das intenções de voto e é
estreante em eleições presidenciais: a senadora Simone
Tebet (MDB-MS), ungida nesta semana pela cúpula de
seu partido e pelo Cidadania para ser o nome da


coligação na disputa ao Palácio do Planalto.

Embora esteja cercada ainda por enorme ceticismo
dado o grau de desconhecimento de seu nome entre a
população e não conte com apoio de influentes
caciques do MDB, ela se esforça para dar
demonstrações de confiança. Em seu primeiro
pronunciamento como pré-candidata, na quarta 25,
disse não ter dúvida de que terá o seu nome ratificado
também pelo PSDB, que deve ficar com a vaga de vice.
“Estou preparada. Vamos para o segundo turno e o
centro democrático vai ganhar as eleições”, declarou.
Na ocasião, procurou também minimizar a sua posição
nas pesquisas: “Eu era risco, virei 1% e agora sou 2%”.

Arroubos otimistas à parte, a pouco menos de cinco
meses do pleito, a candidatura só vai decolar caso
consiga uma ascensão fulminante daqui para a frente.
Apesar das dúvidas a respeito da viabilidade da
empreitada, a alternativa Tebet começou a ganhar força
definitiva nos últimos dias, em meio à pressão de
grande parte do tucanato para formar uma frente
presidencial única com MDB e Cidadania. Doria era
visto como um grande entrave para o acordo devido à
sua insistência em encabeçar a chapa. O ex-governador
paulista sempre pontuou melhor nas pesquisas,
marcando em algumas sondagens mais que o dobro
das intenções de voto em relação a Tebet, mas ainda
muito abaixo do esperado, além de carregar uma das
maiores rejeições entre os presidenciáveis. Doria
fracassou também na tentativa de unificar o partido
após o racha ocorrido com sua vitória nas tumultuadas
prévias do PSDB.

No dia em que fez o anúncio de sua retirada, Doria tinha
um encontro com caciques do PSDB, dos quais ouviria
argumentos contrários a sua candidatura (e a favor da
opção Tebet), baseados em grande parte na alta
rejeição. No caso de Tebet, a tese é a de que, por ser
muito mais desconhecida, não carrega na saída a
mesma carga de antipatia junto ao eleitorado, o que
indicaria um potencial para ir além de Doria. Ao chegar
Free download pdf