Clipping Revistas - Banco Central (2022-05-28)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Veja SP/Nacional - Capa
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Pix

queixas mais simples e orientar como a pessoa pode
procurar ajuda. “Houve casos em que precisamos
chamar o Samu devido à gravidade da situação”, conta
Cursi. PIX para doação: [email protected]


Assistência que vem do berço Filha de pai e mãe
voluntários, a assistente social Erika Mota, 47, nem bem
saiu das fraldas e já ia a ações sociais no centro, na
periferia, onde houvesse necessidade. Mal sabia ela
que o voluntariado seria seu principal alicerce quando
mais sofreu na vida. “Perdi minha mãe agora na
pandemia e me joguei nas questões sociais. O próximo
passo é montar o Instituto Maria Helena Mota.”
Enquanto o objetivo não é alcançado, Erika, que
trabalha na Sabesp, possui uma página no Instagram
(@inteligenciasolidaria) e costuma reunir seus colegas
para angariar donativos e realizar doações, arrecadou
3500 reais na última semana e comprou 100 cobertores.


Os materiais foram entregues em uma favela construída
embaixo do Viaduto Alcântara Machado, o primeiro da
Avenida Radial Leste, na Mooca. “Muita gente quer doar
e não sabe por onde começar. Uma amiga se separou
recentemente e me ligou para que eu a ajudasse a se
desfazer de mais de cinquenta bichinhos de pelúcia.
Falei para ela doar para uma ONG. As pessoas não
sabem como podem ajudar.” PIX para doações:
[email protected]


Doação de mão de obra Beneficiado com uma vaga no
curso de gastronomia da Escola de Formação
Profissional do Fundo Social de São Paulo, em parceria
com a Central Única das Favelas (Cufa), na favela de
Paraisópolis, um grupo de alunas se voluntariou para
preparar alimentos na própria cozinha industrial onde
aprendem um novo ofício. O resultado que sai das
panelas vai diretamente para pessoas carentes da
segunda maior comunidade da capital. “As alunas
disponibilizam seu tempo, sua experiência, sua gratidão.
Ontem (19), entregamos 200 sopas”, comemora a
professora Maria Cristina Cruz, 47, a Cris, que está há
dois anos no projeto. No sábado (21), com os


termômetros ainda baixos na capital, as voluntárias
repetiram as ações e entregaram mais 200 sopas. PIX
para doações: [email protected]

Dar o pão a quem tem fome O projeto Pão do Povo da
Rua é conhecido por distribuir no café da manhã um
pãozinho quatro vezes mais nutritivo do que o normal. O
frio intenso deste ano levou o grupo a estender o turno e
a doar sopa, cobertores, luvas e meias à noite. Como
muitos voluntários trabalham de dia, alguns aparecem
após o expediente. É o caso do engenheiro Kauê
Lobão, 25, que foi pela primeira vez ajudar o grupo
levando 3000 reais em dinheiro, reunidos com apoio de
32 amigos.

Outra que se mobilizou foi a advogada Adriana Orsi, 27.
Ela organizou um mutirão relâmpago no escritório e
conseguiu dinheiro para montar cinquenta kits frio
(cobertor, luva e meia). Apesar de tanta ajuda, a crise
também chegou ao grupo. O chef Ricardo Frugoli, 53,
idealizador do projeto e também fundador de um
instituto de pesquisa da culinária e cultura brasileiras, o
IPCB, diz que a alta do trigo no mercado mundial, forçou
a redução na quantidade distribuída de pães 3 000 para
2 400. PIX para doações: 31.721.081/0001-42

Madrugadas mais longas Bem antes dos primeiros
sopros frios que derrubaram a temperatura na capital, a
assistente social Daliléia Lobo, 36, a Léia, já sabia que
sua rotina precisaria ser mudada, mas não tão rápido.
Responsável administrativamente pelo Núcleo de
Convivência para Adultos em Situação de Rua,
conhecido como “Chá do Padre”, Léia trocou o dia pela
noite. “Tínhamos uma reunião no dia 16 de junho para
decidir quando abriríamos para o pernoite, mas por
causa da frente fria precisamos nos reorganizar para
oferecer até 100 vagas para eles dormirem.”

Dito e feito. No primeiro dia, foram atendidas setenta
pessoas. No segundo, foram 95, até chegar a uma
centena. “Não tenho horário para entrar, nem para sair,
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