Clipping Revistas - Banco Central (2022-05-28)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Carta Capital/Nacional - Seu País
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Colunistas

deixar o governo com o salário mínimo a valer menos
do que quando entrou. O País demanda criar um
mercado interno robustecido e dinâmico para
incrementar as atividades econômicas.


O Estado precisa ser desaparelhado. O governo militar
presidido por Jair Bolsonaro se apossou do Executivo
com apaniguados, milhares deles fardados, para
implementar um projeto de cunho neofascista e
ultraliberal que despreza as instituições e conquistas
institucionais, sociais e trabalhistas alcançadas ao longo
de décadas. E um modelo predador, bárbaro, que não
dá perspectiva a milhões de jovens que hoje padecem
da desesperança e tampouco a agentes econômicos
desvinculados da ciranda financeira, da destruição
ambiental ou das antinacionais privatizações. A
proposta das forças progressistas é a de recolocar o
Brasil na trilha do crescimento com reindustrialização
que incorpore novo paradigma num momento de
transição digital e de necessidade de desenvolvimento
sustentável e geração de tecnologia de ponta para uma
economia verde.


O Brasil precisa de mais investimentos em educação de
qualidade, pesquisa, ciência, tecnologia e inovação. E
retomar o protagonismo no cenário internacional, pois
virou pária mundial com o atual governo. Hoje, o Palácio
do Planalto, com seu gabinete do ódio, destaca-se por
disseminar o ódio, defender uma agenda medieval do
ponto de vista dos costumes e no tratamento de
questões diversas, como a dos direitos dos povos
indígenas. No aspecto econômico é uma tragédia, pois,
refém de uma cartilha neoliberal praticamente sepultada
no cenário mundial, privilegia os milionários e
bilionários, e cria uma legião de miseráveis a cada dia
que passa. E preciso implementar um projeto coletivo
para construir outro Brasil. Um Brasil livre da fome, mais
igualitário e que garanta vida digna para seu povo. O
acúmulo de riquezas nas mãos de poucos só
incrementa a violência e ataca a consciência dos que
têm um mínimo de sensibilidade social. O movimento
#VamosJuntosPeloBrasil, que lançou Lula e Alckmin,
transcende o evento político. Trata-se, como disse o ex-


presidente, de uma convocação aos homens e mulheres
de todo o País, independentemente de idade, credos
religiosos e raça, a trazer dias melhores. Essa
caminhada foi iniciada em 7 de maio, com a aliança PT
e PSB e o apoio de mais cinco partidos. Para lograr
seus objetivos, as forças democráticas têm pela frente
um desafio que talvez seja o maior de todos na presente
conjuntura: construir um “cercado” para proteger as
liberdades básicas, ameaçadas dia e noite pelo capitão
presidente em seus arroubos autoritários. Com sua
prática miliciana, adotada quando era 5 tenente da ativa
no Exército, do qual foi 5 expulso acusado de tentativa
de praticar = ato terrorista, o atual presidente da
República é uma ameaça real ao Estado de Direito.
Bolsonaro tenta instrumentalizar 3 as Forças Armadas
para buscar melar o S processo eleitoral. A função
constitucional das Forças Armadas é defender a
democracia e o Estado de Direito, é proteger o Brasil, e
não se meter em processo eleitoral e no sistema de
urnas eletrônicas, seguras e transparentes, referência
para o mundo. A adoção do sistema foi aprovada pelo
Congresso. Por sinal, garantiu, desde que foi criado, a
eleição do atual presidente e seus seguidos mandatos
de deputado federal, além de assegurar a três de seus
filhos presença na ribalta política. A tentativa prematura
de Bolsonaro de questionar o resultado das urnas no
fundo revela medo de perder as eleições.

Com suas artimanhas e a rede de fake news com
misteriosos financiadores, Bolsonaro e seus fanáticos
terraplanistas e milicianos querem voltar à Idade da
Pedra, com o famigerado voto impresso. E uma
interferência indevida no processo eleitoral. Não
queremos voltar a um passado em que o poder era
exercido com baionetas e torturas.

Todos os setores da sociedade comprometidos com
padrões civilizatórios devem repudiar qualquer tentativa
golpista de um governo incompetente que não sabe
cuidar do Brasil. A chapa Lula/ Alckmin vai ganhar pelo
voto. E o eleitor que tem de dizer se quer continuar com
esse monstrengo gerador de miséria, violência,
destruição ambiental e corrupção ou reconstruir e
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