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Revista Carta Capital/Nacional - Capital S/A
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Colunistas
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Autor: Não informado
CERCO À PETROBRAS
A Bolsa de Valores reage mal a outra troca no comando
da petroleira
O mercado recebeu com usual desagrado e ansiedade
a mais uma troca de presidente da Petrobras no
governo Bolsonaro, em nova tentativa de alterar a
política de reajuste dos preços dos combustíveis.
Apenas 39 dias após assumir, José Mauro Coelho foi
demitido, por telefone, na noite da segunda-feira 23. O
substituto será Caio Mário Paes de Andrade, secretário
de Desburocratização, Gestão e Governo Digital,
indicado pelo ministro Paulo Guedes. As ações
preferenciais caíram 12,71% e as ordinárias (com direito
a voto), 11,93%, no pregão do dia seguinte. “A incerteza
cresce em relação à continuidade da política de preços
da empresa e cresce a percepção de risco”, avalia
Romero de Oliveira, headde Renda Variável da Valor
Investimentos. Rodrigo Moliterno, da Veedha
Investimentos, confia que os estatutos da estatal barram
mudanças radicais, mas não descarta medidas para
“espaçar os ajustes para, digamos, um mês, três ou seis
meses”, em benefício da campanha à reeleição de
Bolsonaro. Não à toa, o papel está, relativamente,
barato: sua razão preço/lucro é de apenas 3, enquanto
os preços de Exxon e Chevron representam 15 vezes o
lucro, e o da Shell, 11, na apuração da publicação
especializada norte- -americana MarketWatch.
"NAO DA MAIS PARA FALAR DE METAS E BUSCAR
RESULTADOS A QUALQUER PREÇO" VIVIANE
MARTINS, CEO da consultoria Falconi
DAVOSEM CLIMA DE GUERRA
Crises geopolíticas e riscos de estagflação mundial
dominaram a abertura do Fórum de Davos, mas, no
mínimo, um terço da programação trata do aquecimento