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Banco Central do Brasil

Revista Carta Capital/Nacional - Nosso Mundo
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 3 - Reforma Tributária

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Autor: GILBERTO MARINGONI

No início da noite do domingo 22, Gustavo Petro subiu
ao palanque rodeado por cerca de 30 mil apoiadores
entusiasmados e postou-se atrás dos escudos à prova
de balas portados por dois seguranças. Logo falaria por
lh20 num púlpito blindado, provavelmente vestido, por
baixo da camisa, com um colete à prova de balas
utilizado em outras aparições públicas. A uma semana
do pleito, o candidato favorito à Presidência da
Colômbia encerrava sua campanha na Praça Bolívar,
área histórica de 14 mil metros quadrados no centro de
Bogotá, num clima de tensões e ameaças crescentes.

A partir do fim da Segunda Guerra Mundial, cinco
candidatos à Presidência, todos de oposição às
oligarquias dominantes, foram assassinados. O caso
mais expressivo é o do líder nacionalista Jorge Eliécer
Gaitán, abatido ao sair de um almoço no centro da
capital, em 9 de abril de 1948.0 crime suscitou uma
inédita onda de protestos e depredações populares, que
se arrastaram por vários dias nas cidades mais
importantes do país. O episódio se tornaria conhecido
internacionalmente como bogotazo e marcaria a
chegada às cidades da brutalidade das disputas pela
terra no campo.

Escaldado na história e em sua experiência pessoal,
Petro passou a denunciar ameaças de morte e a
insinuar uma possível aliança de militares com bandos
armados, a partir do fim de março. As declarações lhe
valeram grosseira réplica do comandante do exército,
general Eduardo Zapateiro. Acusando o candidato de
fazer “politicagem” em uma série de tuítes, o militar foi
secundado pelo presidente Ivan Duque e pelo ministro
da Defesa, Diogo Molano, que o chamou de mentiroso.
A tais ataques se somam inúmeros relatos de assédio
de empresários a seus trabalhadores para que não
escolham o candidato progressista, sob pena de
empresas fecharem e empregos secarem.
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