PC Guia - Edição 260 (2017-09)

(Antfer) #1
PCGUIA / 49

E


mbora os fabricantes estejam
cada vez mais atentos às
reais necessidades dos
utilizadores, a realidade é
que a diferença de preço entre os
computadores pré-configurados e a
compra de todos os componentes,
de forma individual, continua a ser
significativa. Se a isso juntarmos a
satisfação de podermos montar o
computador à nossa medida e ao
nosso estilo, ainda melhor.
Com este guia vamos explicar-lhe
como escolher os componentes-cha-
ve para o seu próximo computador
e como os instalar. Tudo, sem
esquecer os cuidados a ter para evitar
dissabores ou problemas.


OBJECTIVOS DISTINTOS


Antes de iniciar a pesquisa dos
componentes e das lojas com os
melhores preços, tenha em atenção
as suas necessidades, o objectivo ou
o destino do novo computador.
Se for para para navegar na Internet,
escrever uns textos e ver vídeos,
facilmente vai conseguir criar um PC
bastante acessível e perfeitamente
capaz para desempenhar todas estas
tarefas, sem problemas. Se, por outro
lado, precisar de um computador
para jogar, o caso muda de figura:
é necessário prescindir de certos
componentes, como o processador,
módulos de memória ou discos,
para que possa apostar numa placa
gráfica superior.
Mas se a ideia for ter um computador
para trabalhar com edição de
imagem, vídeo ou 3D, é preferível
apostar num processador multi-core,
na maior capacidade de memória
e, caso o software usado seja
compatível, numa placa gráfica com
um bom poder de processamento.


CUIDADOS A TER


Certamente já ouviu falar em
electricidade estática, um tipo de
energia causada pelo atrito entre


objectos e o próprio ar, e dos perigos
da mesma durante a montagem de
um computador. Embora esta não
seja um perigo para a nossa saúde
e bem-estar, a mesma poderá ser
fatal para certos componentes mais
sensíveis. Como tal, é recomendável
que tenha alguns cuidados, como o
uso de uma pulseira de protecção,
que impedirá as descargas eléctricas
entre a caixa de computador e os
componentes. Este não é um
requisito obrigatório – pode
dispensar o seu uso, desde que tenha
cuidado a manusear os componentes,
como por exemplo pegar nos
mesmos a partir das placas de
circuitos impressos, em vez de tocar
directamente nos componentes.
Outros cuidados óbvios a ter são
evitar colocar a caixa em cima de
um tapete ou carpete, durante a
montagem dos componentes, bem
como não usar roupas propensas
à criação de electricidade estática
através do atrito com o corpo ou
outras peças de roupa, como as
camisolas de lã. Como vê, não precisa
de trabalhar num laboratório em
vácuo, basta usar um pouco de senso
comum e algum cuidado.

CAIXA

Começando pelo básico,
tenha sempre em conta que a
escolha de uma caixa para o seu
computador não pode estar ligada
exclusivamente ao visual – é
preciso também ter em conta a
funcionalidade. Um PC simples
poderá usar qualquer tipo de
caixa, mas um computador feito
para tarefas mais exigentes requer
uma caixa maior e mais funcional,
para garantir uma boa arrumação
de todos os componentes,
bem como do fluxo de ar no
seu interior.
Um computador que esteja
constantemente a fazer
renderização de imagens em
3D irá estar a trabalhar de forma

constante, situação essa que irá gerar
muito calor. Isto vai obrigar a que
estude o fluxo de ar no interior da
caixa, permitindo a entrada de ar
fresco na parte frontal e inferior da
caixa, ao mesmo tempo que garante
uma extracção do ar aquecido no
painel traseiro e superior. Nunca
se esqueça e que o ar quente, por
ser mais leve, acaba por subir.
Igualmente importante é a questão
de garantir que a caixa tem espaço
suficiente para o dissipador para
arrefecer o seu processador; é ainda
necessário garantir que a caixa tem o
comprimento suficiente para instalar
a placa gráfica que escolhermos.
Por fim, tenha em atenção o
posicionamento da fonte de
alimentação, bem como o dos
discos rígidos ou unidades SSD, para
uma melhor organização de toda a
cablagem.
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