CAPA
O CÉREBRO DAS OPERAÇÕES
Mais que uma mera opção de marca, a escolha do seu próximo processador deverá ter em
conta a finalidade do PC, bem como as funcionalidades suportadas pelo mesmo.
C
om a integração de diversas
funcionalidades no próprio
processador, que estavam
anteriormente disponíveis no
chipset, a sua escolha tornou-se
ainda mais importante. Logo para
começar tem de decidir se prefere
um sistema AMD ou Intel, visto que
estes implicarão a escolha de uma ou
outra motherboard, dos respectivos
componentes e de periféricos
compatíveis. Após determinar esta
escolha, deverá ainda considerar se
quer um APU ou um CPU. O CPU é
um processador tradicional e a APU
é a nova designação da AMD para
processadores com controladora
gráfica de alto desempenho integrada.
Esta última tende a ser usada em
sistemas simples, que exijam algum
desempenho gráfico, mas que
dispensam a instalação de placas
gráficas dedicadas.
NÚCLEOS
Caso opte por um processador,
independentemente da marca
escolhida, existem duas formas fáceis
de distinguir os processadores: pela
velocidade de funcionamento e pelo
número de núcleos existentes. Este
último ponto tem-se tornado cada
vez mais importante, por garantir
que, caso as aplicações ou jogos o
suportem no código, o maior número
de núcleos implicará um óbvio
aumento do desempenho. Para uma
utilização quotidiana, deverá optar
por um processador de dois ou quatro
núcleos, sendo recomendável que
o mesmo tenha quatro, caso a ideia
seja criar um computador para jogar.
Se a sua utilização será primordial-
mente relacionada com trabalhos
pesados, como renderização em 3D,
recomendamos que opte por modelos
com seis ou mais núcleos.
AMD RYZEN
Com a chegada da arquitectura
ZEN da AMD, a marca conseguiu,
finalmente, equiparar-se aos modelos
da Intel, superando-os em puro
poder de processamento que tire
partido do elevado número de núcleos
disponíveis. Estes diferenciam-se pelo
modelo, sendo os Ryzen 3 de quatro
núcleos indicados para uma utilização
quotidiana, os Ryzen 5 de quatro
ouseisnúcleos mais indicados para
utilizadores entusiastas, e os Ryzen
7 para utilizadores exigentes, que
pretendam tirar total partido dos oito
núcleos disponíveis. Recordamos que
todos os modelos, desde os Ryzen 5,
utilizam uma tecnologia semelhante
à HyperThreading da Intel, ou seja,
conseguem processar duas operações
ao mesmo tempo, o que corresponde
a que um processador de oito núcleos
desempenho dezasseis tarefas em
simultâneo.
INTEL CORE
Já do lado da Intel, a escolha poderá
ser ligeiramente mais complicada,
por existirem diversos modelos,
encaixes e chipsets compatíveis. Para
uma utilização mais quotidiana, a
Intel tem a plataforma Kaby Lake,
que utiliza o encaixe LGA-1151, com
processadores que começam nos
simples Intel Pentium de dois núcleos,
passando para os mais avançados Core
i3, também eles de dois núcleos. Aqui,
a vantagem está no facto de terem
uma velocidade de funcionamento
superior, entre 3,4 e os 4,2 GHz. Acima
disso, para entusiastas, a Intel oferece
os modelos Core i5, que utilizam
quatro núcleos e velocidades que
variam entre os 3,0 e os 4,2 GHz, com
uma memória cache maior: 6 MB. Por
fim temos os Core i7, os processadores
indicados para os utilizadores mais
exigentes, sendo estes de quatro
núcleos, embora compatíveis com
a tecnologia de HyperThreading e
velocidades de 3,8 a 4,5 GHz.
CORE X
Como resposta à elevada eficiência
dos processadores AMD Ryzen 7,
e aos futuros AMD Threadripper,
a Intel decidiu lançar a família de
processadores Core X, que obriga
à utilização de um socket distinto,
chipset mais dispendioso e quatro
canais de memória, ou seja, requer
quatro módulos de memória iguais que
funcionarão em conjunto.
Estes processadores podem ter entre
seis (Core i7-7800X), oito (Core
i7-7820X) ou dez núcleos (Core
i9-7900X). Mais tarde serão lançados
mais modelos Core i9, com um valor
máximo de dezoito núcleos, mas ainda
sem data de chegada ao mercado.
CUIDADOS NA INSTALAÇÃO
Independentemente do modelo
escolhido, convém informar
que, actualmente, são raros os
processadores que incluem dissipador.
Por isso, deve ter em conta o
nível de exigência do processador
(número de núcleos e velocidade de
funcionamento), bem como o valor
indicado de TDP: a potência que o
sistema de arrefecimento deverá
dissipar. Depois de ter estes dados
deverá escolher um dissipador
adequado, bem como verificar
se o mesmo é compatível com a
motherboard e o encaixe da mesma,
sendo em alguns casos necessária a
aquisição ou pedir um adaptador
ao fabricante.
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