28 wJANEIRO DE 2019 wVOCÊ S/A
FINANÇAS
mais caras”, diz. Os juros, que em
alguns dos créditos chegava a
6% ao mês, caíram para 1,4%.
Além disso, ela conseguiu
novos trabalhos e aumentou
sua renda. “Toda oportunidade
que surgia eu fui aceitando”, diz
a assistente social, que atuou
como professora, consultora e
pesquisadora. Ao longo desse
processo, além da consultoria de
planejamento financeiro, Adriana
contou com uma rede de apoio
que incluiu a família, o gerente
de um dos bancos, um advogado,
um psicólogo e até um médi-
co homeopata. Segundo ela, a
ajuda de profissionais da saúde
foi fundamental para conseguir
equilíbrio físico e emocional
para lidar com a situação. “Eu
precisei trabalhar cinco anos de
domingo a domingo em várias
frentes para pagar a dívida.”
Com a entrada de novas recei-
tas, a renegociação dos emprés-
timos e o corte de gastos, ela
conseguiu transformar o valor
em algo viável, quitando tudo
em 2017. De lá para cá, Adriana
começou até a juntar dinheiro.
“Passar de devedora a poupadora
não foi fácil, aprendi a buscar
economia constante, comprando
em mercados de atacado, andan-
do de transporte público, encon-
trando promoções e negociando
sempre que possível. Também
aprendi que a gente só pode gas-
tar se tiver como pagar.” Hoje, no
azul, Adriana está reformando a
casa e guarda dinheiro para rea-
lizar outros projetos, como fazer
investimentos mais arrojados.
CRÉDITO ALTERNATIVO
AS FINTECHS DESBUROCRATIZARAM OS
EMPRÉSTIMOS. PARA QUEM BUSCA FORMAS DE
LEVANTAR DINHEIRO PARA AMORTIZAR DÍVIDAS,
ELAS PODEM SER UMA ALTERNATIVA. CONFIRA:
precisa fornecer um documen-
to informando saldo devedor,
valor das parcelas, quanto ainda
falta pagar e as taxas praticadas.
Esses dados servem para que o
novo banco avalie a migração.
Feita essa lição de casa, a
pessoa deve analisar os compor-
tamentos que levaram ao endivi-
damento. De acordo com André
Novaes, da Life Finanças Pessoais,
é comum que o inadimplente se
coloque como vítima da situação.
“Se a pessoa não souber o que
causou isso tudo, a dívida volta.”
Foi a capacidade de assumir a
responsabilidade que ajudou a as-
sistente social Adriana Barbosa, de
58 anos, a quitar em apenas cinco
anos um débito superior a 250 000
reais. O bolo chegou a esse tama-
nho por causa da dificuldade de
controlar as despesas mensais
e à falta de planejamento antes
de gastar. Ajudas recorrentes a
familiares também agravaram a
situação de Adriana, que incluía
empréstimos, renovações de
empréstimos, cartões de crédito e
cheque especial de vários bancos.
O ex-marido de Adriana era
quem controlava as finanças do
casal, mas ela só ficou ciente da
gravidade da situação em 2011,
quando perdeu o emprego. “Meu
primeiro erro foi delegar meus
recursos a outra pessoa”, afirma.
Assim que percebeu o problema,
ela decidiu avaliar o tamanho do
buraco. Passou o pente-fino em
todas as suas contas bancárias e
em seus cartões e buscou o apoio
de uma consultoria financeira.
“As dívidas estavam espalhadas
e, aos poucos, fiz portabilidade
para concentrar num único banco.
Por orientação da consultoria,
comecei tratando das dívidas
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