FOTO: GERMANO LÜDERS VOCÊ S/A wJANEIRO DE 2019 w 69
O
modo de lidar com
o tempo costuma
variar de pessoa
para pessoa. Há
aqueles que pre-
cisam fazer listas
para tudo, os que
baixam aplicati-
vos, os que não vi-
vem sem a agenda
e ainda os que se
entendem bem convivendo com o
caos. Mas, de acordo com uma pes-
quisa iniciada em 2014 e que terá
sua versão mais recente publicada
em abril na revista científica Current
Opinion in Psychology existem, es-
sencialmente, duas maneiras de se
organizar: seguindo o relógio ou os
eventos que precisam ser realizados.
Essa é a teoria de Anne-Laure
Sellier, professora associada de cria-
tividade e marketing da HEC Paris,
e Tamar Avnet, professora associada
de marketing na escola de negócios
da Universidade Yeshiva, de Nova
York. Para chegar a essa conclusão,
a dupla de estudiosas se debruçou
sobre a bibliografia da organização
do tempo e fez experimentos com 60
voluntários. Segundo o estudo, esses
dois estilos são os mais comuns por
causa do desenvolvimento das socie-
dades, nas quais uma das duas ma-
neiras sempre prevalece. Se na maior
parte dos países ocidentais o padrão
é que o relógio controle a agenda das
pessoas, no mundo árabe, por exem-
plo, uma reunião não acontece em
um horário específico, mas quando
os participantes se sentem prontos
para começar — e se alguém der uma
olhadinha nos ponteiros durante a
conversa será considerado rude.
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Raul Perez, coordenador
de comunicação da
SPcine (à dir.): horários
fixos para acordar e
responder aos e-mails