capa
capa • arrependimento
do banco, aparece um assaltante que, durante a
fuga, dá vários tiros e um deles atinge o seu bra-
ço. Você teve sorte ou azar?”. Diferenças de opi-
nião muito claras aparecem: alguns lamentam
a má sorte (“Precisava acertar justo em mim?”
“Se eu tivesse chegado dez minutos mais tarde
não teria acontecido nada...”) e outros comemo-
ram a sorte, sem pesar. (“Que sorte, eu poderia
ter morrido!”) Pode-se tirar daí que, diante dos
acontecimentos, é fundamental imaginar tudo
que poderia ter acontecido, e não somente o
que poderia ter sido melhor!
Outros trabalhos mostraram como pesso-
as perfeccionistas, que buscam sempre atingir
o melhor resultado e fazer as melhores esco-
lhas possíveis, são geralmente menos satis-
feitas, pois estão mais expostas ao arrependi-
mento que aquelas que se contentam com uma
“escolha possível. “Aqueles que melhor lidam
com as ambiguidades e eventuais frustrações,
em geral, são os que aprendem, no cotidiano, a
renunciar ao ideal e a apreciar resultados mo-
destos”, afirma o psiquiatra francês Christophe
André, pesquisador do Hospital Sainte-Anne e
professor da Universidade Paris X. “Essa atitude
privilegia a busca pelo equilíbrio e pela melhor
relação entre custo e benefício.”
Para muitas pessoas que têm vontade de agir,
mas frequentemente desistem com medo do
fracasso, ou para aquelas que tendem a trans-