dinheiro
V
ocê se lembra qual foi o último produto que com-
prou? É bastante provável que, embora justifica-
da (“o preço está bom”, “eu mereço” etc.), a aqui-
sição não tenha sido pautada pela lógica. O fato
é que nossas compras costumam ser mais marcadas pela
emoção do que pela racionalidade. Duvida? Pense no que
desperta em você a imagem de um objeto (um sapato, um
aparelho eletrônico ou até um carro, talvez) que chama sua
atenção numa vitrine ou na tela do computador. Diante da
visão do objeto desejado, é possível que seu coração ace-
lere e seu cérebro comece imediatamente a buscar uma
estratégia para conseguir obter aquilo que quer. Ou, quem
sabe, mecanismos de repressão do desejo entrem em cena
e você se convença de que é melhor esquecer essa ideia e,
assim, evitar fazer dívidas.
Para entender a relação que estabelecemos
com bens materiais é preciso considerar nossa
história de vida, o valor simbólico dos artigos
e as representações psíquicas ligadas a eles
Na tentativa de entender como nossa mente funciona quando
se trata de lidar com dinheiro, economistas criaram um modelo
fictício, denominado Homo economicus, para descrever um ad-
ministrador eficiente, que não se deixa dominar pelos sentimen-
tos. Psicólogos garantem, porém, que essa proposta pautada
pelo objetivo de fazer boas escolhas, sem levar em conta nossa
história de vida, o valor simbólico dos bens materiais e as repre-
sentações psíquicas ligadas a eles, está fadada ao fracasso.