avanços na investigação
Atualmente, não há nenhuma terapia es-
pecificamente aprovada para o carcinoma
de sítio primário indefinido. Porém, algumas
condutas são adotadas no tratamento dessa
doença, com abordagens e resultados dife-
rentes. A mais comum delas é a quimiotera-
pia à base de platina. Bastante utilizada no
tratamento do câncer de pulmão em estágio
avançado, é também o método mais frequen-
temente empregado quando se desconhece a
origem do câncer. “Entretanto, os resultados
são modestos,”, diz Juliana Janoski, pesqui-
sadora do Centro de Pesquisa Integrado em
Oncologia do Hospital Nossa Senhora da
Conceição (Porto Alegre - RS).
Estudos recentes podem apontar cami-
nhos para a identificação e o tratamento do
câncer de sítio primário desconhecido, com
expectativa de melhores resultados. “Têm
surgido ferramentas moleculares que podem
refinar o diagnóstico para o oncologista clíni-
co. São os testes de perfil genético do tumor”,
relata Aloisio Souza da Silva, coordenador
médico em anatomia patológica e patologia
molecular do grupo Fleury.
coMo funciona o teste genético
O teste genético é
feito pela análise
do DNa do tecido
tumoral, obtido
no momento da
biópsia
No estudo cUPiScO, o teste
avalia 324 genes, além da
instabilidade de microssatélite
(acúmulo de mutações em
sequências repetitivas do DNa)
e da carga de mutação tumoral
Os dados levantados
permitem saber se existem
os marcadores moleculares
capazes de guiar uma
terapia-alvo
Se o perfil genético
demonstrar uma
alteração relevante,
é oferecido a
ele uma terapia
guiada ou mesmo
imunoterapia
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tratamento
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