deputado no Parlamento britânico e
assumiu um posto executivo, o de se-
cretário para a Irlanda. Mas guerra é
guerra, e ele se viu compelido a voltar
ao campo de batalha algumas vezes.
A mais importante em 1808, destaca-
do para comandar um batalhão con-
tra forças francesas em Portugal.
Passaria os cinco anos seguintes ten-
tando expulsar as forças de Napoleão
da Península Ibérica.
Seus feitos começaram a ser per-
cebidos. Sua reputação não crescia
somente nos altos círculos. Vitorioso,
e com a elegância inata das suas raí-
zes aristocráticas, Arthur desperta-
va admiração popular na Grã-Breta-
nha. Isso facilitou seu trânsito por
círculos políticos e diplomáticos,
primeiro como embaixador em Paris
e depois como enviado do governo ao
Congresso de Viena, cuja meta era
definir as fronteiras europeias no
século 19 e pacificar o continente.
Mas os tempos estavam mais para
fuzis do que para rapapés. Welling-
ton deixou a sala de reuniões para
assumir o comando das forças que
enfrentariam Napoleão em Waterloo.
A batalha foi uma carnificina que
historiadores descrevem como uma
das mais cruéis da história. Estima-
Napoleão, depois de
Waterloo: para ele,
Wellington era o
“general de cipó”
se que em seu único dia de escaramu-
ças, 40 mil soldados morreram.
Wellington, segundo relatos da épo-
ca, teria ficado chocado com o resul-
tado da batalha, o que, no entanto,
não lhe tirou a satisfação de derrotar
o inimigo que respeitava. A recíproca
não era verdadeira. Napoleão não le-
vava o britânico a sério. “Wellington
admirava os feitos de Napoleão, mas
ficou irritado ao saber que o francês
se referiu a ele como um ‘general de
cipó’, insinuação de que o britânico só
teria feito sucesso na Índia”, diz An-
drew Roberts, autor de uma biografia
IMAGEM LATIN STOCK sobre os dois líderes.
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