Quatro Rodas - Edição 718 (2019-02)

(Antfer) #1

SINTONIA FINA


No meio do ciclo de vida, Lexus NX 300 mantém suas virtudes dinâmicas e ganha


motor híbrido para continuar atraente



  • POR PAULO CAMPO GRANDE


|
FOTOS CHRISTIAN CASTANHO

Na versão


F Sport, a


grade é do


tipo colmeia


O


NX 300h não é a mais nova ex-


pressão da Lexus. Nota-se que


esse SUV – que chegou ao Brasil


em 2015, um ano depois de lançado


no exterior, e passou por uma reestili-


zação leve em 2017 – carrega elemen-


tos de estilo e equipamentos abando-


nados nos lançamentos mais recentes


da marca, como o SUV UX.


O mais evidente é o painel com o


console vertical. Mas essa defasagem


é facilmente abstraída diante dos


atributos do carro. No design exter-


no, a grade dianteira impõe respeito.


E, por dentro, a qualidade do aca-


bamento é admirável. Os materiais


não são necessariamente nobres, os


bancos têm revestimento apenas par-


cial de couro e as partes que parecem


metálicas são de plástico. Mas todas


as peças são bem confeccionadas.


Dirigir o NX 300h é uma experiên-


cia prazerosa até no trânsito de uma


sexta-feira às 18 horas na cidade de


São Paulo, como foi nosso caso antes


de ir para a pista. A posição de dirigir


é confortável e o silêncio a bordo dá a


sensação de que o caos das ruas ficou


lá fora. A suspensão é macia, como se


espera de um modelo de luxo, mas fir-


me, como se exige de um SUV. Já a di-


reção pode desagradar aos adeptos da


lei do menor esforço. O volante exige


firmeza adequada a um SUV, mas exa-


gerado para um modelo de luxo.


Mais difícil de defender é o dis-


positivo que afasta o banco para o


motorista entrar e sair do carro com


mais facilidade. O problema é que o


sistema distancia o banco do volante


quando o motorista desliga o motor


e só volta a aproximá-los depois que


ele liga o motor, ou seja: para dar a


partida o motorista precisa se esticar


todo para alcançar o contato (por


meio de botão no painel).


O motor é a principal novidade,


uma vez que o NX 300 tornou-se hí-


brido na linha 2019. Antes seu motor


era um 2.0 turbo. Agora são dois mo-


tores: um 2.5 16V a combustão, com


155 cv de potência e 21,4 mkgf de


torque e um elétrico com respectiva-


mente 143 cv e 27,5 mkgf. A entrada


deles em ação fica por conta da ele-


trônica que escolhe a melhor estraté-


gia de acordo com a condição de uso e


a disponibilidade de energia.


Na transmissão, outra novidade: o


câmbio CVT no lugar do automático.


E a tração All-Wheel Drive é outro


sistema controlado eletronicamente.


A distribuição do torque varia auto-


maticamente de 4x2 (dianteira) a 4x4.


Na pista de testes, o NX apresentou


desempenho mediano. Ele acelerou


de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos.


Mas fez isso com consumo frugal de


13,8 km/l na cidade e 11,2 km/l na


20 QUATRORODASFEVEREIRO


TESTE


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LEXUS NX 300h
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