Os freios
de cerâmica
duram
(e custam)
bem mais
Derrapar é
ótimo para
fotos, mas
péssimo para
a segurança
98 QUATRO RODAS FEVEREIRO
AUTO-SERVIÇO
|
CORREIO TÉCNICO
B
asicamente a mesma das convencionais, mas elas têm
diferenças cruciais para o uso intenso. “As pastilhas
feitas para serem usadas com discos de carbono-cerâmica
possuem mais partículas para dissipar melhor o calor das
frenagens”, detalha Lothar Werninghaus, consultor téc-
nico da Audi. Essa virtude é essencial quando os freios es-
tão sob uso intenso, situação que pode ocasionar a forma-
ção de uma camada de gases quentes entre o disco e a
pastilha, provocando o “desaparecimento” (fading, em
inglês) da capacidade de frenagem. O que dura mais nes-
ses freios são os próprios discos, que têm a vida útil de seis
a oito vezes maior. Mas eles custam bem mais: o disco
dianteiro da RS 6 Avant pode passar dos R$ 23.000.
O controle de tração tira potência do motor ou influencia
na aceleração e retomada do carro? - JOSÉ CARVALHO, FORTALEZA (CE)
Qual a durabilidade das
pastilhas usadas em discos
de cerâmica? - EDUARDO RIBEIRO, CURITIBA (PR)
POTÊNCIA NÃO É NADA...
S
ó quando o carro estiver em local
com baixa aderência. Essa é uma
característica comum a qualquer mo-
delo dotado de controle de tração, in-
dependente do modelo. Quando o
equipamento detecta uma grande di-
ferença de velocidade das rodas (in-
dício de perda de tração), um sinal é
enviado à injeção eletrônica para que
a aceleração seja reduzida ou cortada
completamente até que o carro volte a
ter aderência plena. Isso se reflete em
uma perda de desempenho momen-
tânea, mas que não gera impacto no
uso do carro. A única situação em que
é recomendável desligar o controle de
tração é quando o veículo está, por
exemplo, em um lamaçal. Como a
aderência é quase nula, o equipa-
mento não permite que o carro acele-
re e saia do lugar, exigindo sua desati-
vação temporária. Veículos de
competição também não costumam
usar controle de tração.